• Carregando...
O ministro-chefe da CGU, Valdir Simão, diz o anúncio do contrato com a primeira empresa aguarda apenas a homologação do Tribunal de Contas da União | Henry Milleo/Gazeta do Povo
O ministro-chefe da CGU, Valdir Simão, diz o anúncio do contrato com a primeira empresa aguarda apenas a homologação do Tribunal de Contas da União| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

A Controladoria-Geral da União deve fechar nos próximos dias acordo de leniência com a UTC Engenharia. Será a primeira empresa entre as implicadas na Operação Lava Jato a firmar o pacto com o órgão um ano após a força-tarefa prender executivos de oito das principais construtoras do país. Outros resultados de negociação deverão ser anunciados no início do ano que vem.

O ministro-chefe da CGU, Valdir Simão, informou à reportagem que o anúncio do contrato com a primeira empresa aguarda apenas a homologação do Tribunal de Contas da União, e que, até lá, as negociações continuarão em sigilo. “A conversa está bem engatilhada em três ou quatro casos, mas agora estamos priorizando uma das empresas.”

CGU adota tom “conciliador” sobre acordos de leniência

MPF era contrà celebração de acordos pela CGU. Meses depois, o discurso mudou e os órgãos trabalham em cooperação

Leia a matéria completa

A UTC terá que restituir a estatal, pagar multa e implementar um programa interno de compliance para voltar a fazer contratos com o governo. De acordo com Simão, o pagamento, cujo valor não foi revelado, poderá ser parcelado ou por meio de prestação de serviços à empresa.

Demora

Outras cinco empresas também manifestaram interesse em assinar um acordo de leniência com a CGU. A reclamação, no entanto, é de que o contrato não dá nenhuma garantia para evitar processos em outros órgãos, como o Ministério Público Federal e o TCU, que podem aplicar outras punições. Os advogados apontam que a falta de unidade entre os órgãos de controle é um dos motivos para a demora no processamento dos acordos, e que o problema retrai o interesse das companhias em firmá-los.

Governo avalia que nova fase da Lava Jato ‘agrava instabilidade política’

Leia a matéria completa

Poderá ficar de fora dos acordos de leniência, por exemplo, a Odebrecht, a maior do País em faturamento e responsável por obras importantes ainda em andamento, como a Usina de Belo Monte e o Parque Olímpico do Rio de Janeiro.

A CGU reconhece que os acordos não atingirão nem a maioria das empresas implicadas na Lava Jato, mas garante que isso não prejudica a reparação integral dos recursos desviados. “Não podemos levar em consideração os aspectos relacionados ao impacto na atividade econômica, isso não cabe ao CGU avaliar”, defende Simão.

Ao todo, a CGU processa hoje 29 empresas envolvidas na operação. A UTC manifestou interesse em firmar o acordo de leniência em março passado, e por isso, o processo contra ela foi suspenso. As demais que ainda esperam assinar o pacto são a Camargo Corrêa, Engevix, OAS, SOG Óleo e Gás e Andrade Gutierrez.

Segundo Simão, nem todas terão condições de firmar o pacto. “Não vamos fazer nenhum (acordo) que não tenha o aval da própria Petrobrás. Caso não seja do interesse da empresa, não há outra alternativa a não ser aplicar a inidoneidade”, adisse o ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]