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Dengue avança no Paraná apesar da seca

O tempo seco na maioria das regiões do Paraná não foi suficiente para barrar o avanço da dengue no estado. O número de casos confirmados passou de 24.462 para 24.838, entre 31 de agosto e 11 de outubro deste ano, conforme informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Em um período de 40 dias, 376 pessoas contraíram a doença no Paraná.

Do total de casos registrados neste ano, 23.931 foram contraídos no próprio estado. Ainda segundo a Sesa, o número de notificações da doença, entre casos confirmados e descartados, já chega a 46.473 no Paraná, o que coloca o estado em 4.° lugar no ranking da dengue, atrás apenas de Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul – estado líder. Leia matéria completa

O Brasil poderá ter, em um prazo de quatro anos, a primeira vacina contra a dengue, anunciou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães. Segundo ele, o governo brasileiro planeja trazer para o país a tecnologia de uma vacina desenvolvida por um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos.

O trabalho da equipe norte-americana foi apresentado nesta quinta-feira ao secretário e a pesquisadores do Instituto Butantan, em São Paulo. Após a reunião, Guimarães disse que os resultados obtidos até agora são promissores.

- É uma vacina que não está pronta. Ela está em desenvolvimento, tem até agora resultados promissores em animais e também alguns testes com humanos. Mas nós devemos esperar alguns anos, três, quatro anos, para que ela possa estar amadurecida para utilização pelo Ministério da Saúde para a população - afirmou o secretário.

Para trazer a tecnologia da vacina para o Brasil, deverá ser firmado um acordo entre o Instituto Butantan e os pesquisadores norte-americanos, de acordo com o representante do ministério. Os estudos desenvolvidos nos Estados Unidos apontam que a vacina é eficaz contra os quatro tipos de vírus da doença (tipos 1, 2, 3 e 4).

Segundo Guimarães, os testes realizados até agora, sob coordenação dos institutos nacionais de Saúde dos Estados Unidos, mostram que o uso da vacina em seres humanos é seguro.

- Já houve todo desenvolvimento (da pesquisa) em nível laboratorial, já foi testada com sucesso em animais e já foi testada com sucesso em alguns humanos para testar a sua segurança, para mostrar que ela não faz mal ás pessoas e que é segura, não tem efeitos colaterais complicados - destacou.

Segundo o secretário, as possíveis fontes para financiar o desenvolvimento da vacina no Brasil foram levantadas no encontro com os pesquisadores norte-americanos, mas a estimativa de custos não chegou a ser discutida.

- O Ministério da Saúde estará presente e há também outras possibilidades que foram discutidas, como a Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a própria Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo - afirmou.

Guimarães disse que vai conversar com o Ministério de Ciência e Tecnologia sobre o projeto e estudar a captação de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES). O Instituto Butantan está encarregado, segundo o secretário, de apresentar o projeto e os recursos necessários para executá-lo.

- O papel do Butantan, neste caso, será levar adiante esse desenvolvimento. Vai aprender a tecnologia de se fazer a vacina e vai participar no Brasil de ensaios com populações em maior escala.

Segundo Guimarães, além de utilizar a vacina para a sua própria população, o Brasil poderá torná-la acessível a outros países em desenvolvimento.

No país, ainda não existe a circulação do tipo 4 do vírus da dengue. Na última segunda-feira, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse que a entrada do vírus tipo 4 no país é questão de tempo.

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