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O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza vai entregar, na próxima terça-feira, às CPIs dos Correios e do Mensalão todos os documentos referentes aos trabalhos executados pela DNA para a Visanet. Isso inclui "planilhas de despesas, notas fiscais, comprovantes de pagamentos e recibos bancários", segundo nota à imprensa distribuída nesta sexta-feira pelo empresário.

Na nota, o empresário classifica de "equivocadas, fantasiosas e inverídicas" as afirmações feitas pelo relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). De acordo com o deputado, a DNA Propaganda, empresa de Valério, recebia dinheiro da Visanet por trabalhos de publicidade e depois depositava a verba em bancos que, posteriormente, realizariam supostos empréstimos. O principal acionista da Visanet é o Banco do Brasil, com 32% do capital.

- Claro que entrou dinheiro da Visanet. A DNA tinha contas do Banco do Brasil - afirmou Paulo Sérgio Abreu, advogado do empresário, em entrevista à Agência Brasil.

A nota diz que a DNA ficou encarregada de administrar a verba da Visanet, pagando todas as ações publicitárias e de marketing institucional da bandeira Visa (cartões de crédito e de débito), porque atendia ao Banco do Brasil há mais de dez anos e, por isso, era a mais experiente em ações da instituição entre as três agências que detinham a conta do BB (conquistada através de licitação).

A CPI apurou que no período de 2003 a 2004, foram repassados à DNA R$ 73,8 milhões da Visanet. Segundo a CPMI, um único contrato repassou de R$ 35 milhões, que seriam adiantamento de pagamento, sem que o serviço estivesse executado. O advogado Paulo Sérgio Abreu afirmou, entretanto, que o repasse de dinheiro está todo documentado na CPMI. "Não sei os valores, mas está tudo aí em Brasília, tudo tranqüilo", destacou.

De acordo com a nota, para receber os R$ 35 milhões da Visanet, a DNA, "com autorização do Banco do Brasil, dada através de nota técnica, emitiu uma nota fiscal em nome da Companhia Brasileira de Meios de Pagamentos (razão social da Visanet)".

Para o advogado, as acusações são motivo de piada.

- Está até gozado. Tudo que acontece é Marcos Valério, já está gerando até ciúmes entre os deputados.

Em relação à constatação da CPI de que o serviço da DNA não havia sido executado, quando foi pago, o advogado discordou.

- A informação que tenho é de que o serviço foi feito - afirmou.

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