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Em entrevista coletiva neste domingo (10), o advogado Nelson Passos Alfonso, que defende Genivaldo Inácio da Silva, o Vavá, disse que seu cliente não tem preparo nem nível de instrução suficiente para fazer lobby.

O irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi indiciado pela Polícia Federal por tráfico de influência e exploração de prestígio na Operação Xeque-Mate, que investiga a exploração de caça-níqueis.

"Ele (Vavá) me disse que nunca esteve em um ministério. Não tem condições de se portar em frente a um ministro, não tem preparo para isso. Lobby, apresentações, credenciais, ele não fez", disse o advogado, destacando que Vavá fez apenas o Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), projeto mantido governo federal durante a ditadura militar para ensinar jovens e adultos a ler e escrever.

Questionado se essa seria uma estratégia para desqualificar intelectualmente Vavá, Passos mostrou irritação. "De forma alguma. Ele é um homem simples. Não o estou desrespeitando", respondeu.

A afirmação de que Vavá não freqüentava o meio político em Brasília contradiz uma gravação telefônica da PF na qual o irmão do presidente é repreendido por um homem identificado por Roberto, supostamente ligado ao presidente Lula.

"Tem umas broncas lá, porque você anda apresentando uma pessoa no ministério", diz o homem, em trecho da gravação. O advogado disse que Vavá ouviu a gravação pela imprensa e não reconheceu a voz do interlocutor.

Outro ponto não esclarecido na entrevista diz respeito a uma conversa de Vavá com o ex-deputado estadual Nilton Servo. Na gravação, o irmão de Lula fala sobre "o negócio das máquinas".

O filho de Vavá, Edison Inácio da Silva, que acompanhou a coletiva, disse que o pai se referia a máquinas de terraplanagem para empreiteiras, e não a caça-níqueis. No entanto, ele não esclareceu como, onde e para quem o serviço seria realizado.

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