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Em sessão marcada por discussões acaloradas, na manhã desta segunda-feira (28), os vereadores da Câmara Municipal de Curitiba adiaram a votação do projeto de Lei que institui a exigência de "ficha limpa" para a contratação de funcionários comissionados da Prefeitura e também de duas emendas que a estendiam aos funcionários do poder Legislativo.

O projeto, enviado pelo Poder Executivo, nos moldes da legislação federal e estadual, que exige "ficha limpa" para contratação de funcionário em comissão, recebeu duas emendas do vereador Professor Galdino (PSDB) para que os funcionários da Câmara também fossem submetidos ao critério.

Porém, a própria bancada de situação requereu a retirada do projeto da pauta por 48 horas, para que as emendas sejam enviadas à Procuradoria Jurídica da Casa. A oposição e o vereador Galdino queriam votar o projeto nesta segunda, mas prevaleceu a vontade da maioria e ao projeto foi adiado.

A alegação é de que a emenda continha erro na forma legislando sobre matéria de proposição exclusiva do Executivo "Ao ampliar [a medida] ao Legislativo, o vereador Galdino replicou trechos da lei que fala do executivo e que devem ter uma correção da procuradoria, e já na próxima quarta-feira o projeto deve ir a votação e ser aprovado", disse o líder do prefeito, Serginho do Posto.

Ao final da sessão, o líder do prefeito procurou contemporizar o clima pesado da sessão. "Não há racha na bancada, e sim posicionamentos pessoais divergentes", disse. Porém, ele reconheceu que as discussões acaloradas, e até ofensivas, mostraram um clima ruim na Câmara. O vereador Celso Torquato chegou a dizer que Galdino precisaria passar por um curso antes de ser vereador e contestou o currículo do parlamentar. "Queria saber do que ele é professor, já que ele só fala besteira".

Já Professor Galdino, autor das emendas, lamentou o adiamento da votação. "Foi um balde de água fria no anseio da população de Curitiba". Ele se disse perseguido pelos colegas de bancada. "Se fosse, de iniciativa de qualquer outro vereador, as emendas teriam sido aprovadas, mas eu sou perseguido há três anos e tenho certeza de que sofrerei retaliação pela minha posição", disse.

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