
A Câmara Municipal de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, aprovou na manhã desta segunda-feira (15), em última votação, o decreto que anula a reprovação das contas da prefeita Beti Pavin (PSDB) referente ao ano de 2001.
Dos 21 vereadores do município, 15 votaram a favor, 4 contra e dois não compareceram na sessão. De acordo com a bancada da situação, foi apenas a conclusão de um processo de reparação de danos à imagem da prefeita. Já a oposição afirma que o assunto não está encerrado, e que vai buscar o Poder Judiciário para questionar a validade dessa votação.
"Ela foi diplomada corretamente, e está plenamente no seu cargo de direito. O que nós estamos corrigindo com essa anulação é um crime cometido pelo município contra a cidadã Beti Pavi", afirma o vereador Waldirlei Bueno de Oliveira (PMDB), que propôs a retomada da avaliação das contas. "Além disso, ela já poderia ser considerada ficha limpa desde o momento que assumiu. Se não fosse, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não a tornaria prefeita", completou.
Ilegal
Para a oposição, o retorno da questão ao plenário municipal é ilegal. "Essa decisão é inconstitucional. O Legislativo não pode julgar a mesma avaliação financeira duas vezes. O que aconteceu nesse caso foi que os apoiadores da prefeita acharam uma brecha na lei e conseguiram ressucitar contas que já tinham sido votadas, reprovadas e encerradas no passado", diz o vereador Hélio Feitosa (PSC), que votou contra a anulação.
Cristiano Baratto, advogado da campanha de Zé Vicente (PSC) candidato derrotado nas últimas eleições reforça a tese sobre a ilegalidade da decisão da Câmara. "Esse é um assunto que já está nas esferas judiciais, e que não deve mais ser debatido pelos vereadores", argumenta.
A prefeita Beti Pavin foi procurada para comentar a decisão da Câmara, mas não foi localizada pela reportagem até às 20 horas.



