Vereadores de Guarapuava são suspeitos de desvios

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Guarapuava - Seis vereadores de Guarapuava, no Centro-Sul do estado, são investigados por suspeita de terem se apropriado de parte dos salários de um funcionário da Câmara Muni­­­cipal. O presidente da Câmara, verea­­­dor Ademir Strechar (PMDB), foi preso na terça-feira, durante a Operação Fantasma.

Uma das suspeitas do Gaeco é de que os vereadores se apropriavam também dos salários de assessores fantasmas. Dezessete funcionários da Câmara de Guarapuava também são investigados. O desvio pode chegar a R$ 1,2 milhão, de acordo com o Ministério Público.

Ontem, a polícia cumpria 30 mandados de busca e apreensão na Câmara, casas e locais de trabalhos dos suspeitos de participar do esquema, além da 6.ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran). Mandados de busca e apreensão na Câmara também foram cumpridos na terça-feira.

Policiais realizaram buscas em todas as salas e gabinetes da Câ­­­mara ontem. Computadores e do­­­cumentos foram apreendidos. To­­­­do o material deve ser analisado as investigações terão continuidade.

O vereador licenciado Fernan­­­do Alberto dos Santos foi preso ontem por porte ilegal de arma. Ele ocupa o cargo de diretor-presidente da Companhia de Serviços de Urbanização de Guarapuava. O Ministério Público foi à casa do vereador para cumprir um mandado de busca e apreensão e encon­­­trou a arma. Santos pagou fiança e foi liberado.

Outro vereador investigado é Thiago Córdova. Ele é chefe da Ciretran. O órgão foi fechado durante a manhã para que documentos fossem apreendidos e foi reaberto em seguida.

De acordo com o Ministério Público, o esquema foi articulado pelo próprio presidente da Câmara e funcionava pelo menos desde 2009. Strechar fazia pessoalmente o pagamento dos salários aos servidores em cheque. Em seguida, os funcionários, segundo a denúncia, descontavam o cheque em banco e repassavam o equivalente a metade dos vencimentos ao vereador. O vereador vai responder por peculato. Como tem foro privilegiado, ele deve permanecer detido em uma prisão especial.

A Gazeta do Povo tentou contato com a Câmara de Guarapuava, mas não conseguiu.