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Reajuste da tarifa

Vereadores de Maringá rejeitam Comissão Processante contra o prefeito

Por 10 votos contra 4, Câmara Municipal decidiu não abrir investigação contra Carlos Roberto Pupin por possíveis irregularidades relacionadas ao transporte coletivo

População ocupou as galerias da Câmara de Maringá e protestou contra o prefeito | Ivan Amorin/Gazeta do Povo
População ocupou as galerias da Câmara de Maringá e protestou contra o prefeito (Foto: Ivan Amorin/Gazeta do Povo)

Em uma sessão conturbada, o pedido de instalação de uma Comissão Processante (CP) contra o prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin (PP), foi rejeitado na noite desta terça-feira (10). Foram 10 votos pela rejeição contra 4 a favor da comissão.

A solicitação foi feita na semana passada por lideranças dos movimentos sociais que sugerem responsabilidade do chefe do Executivo no aumento da tarifa do transporte coletivo, em desacordo com o resultado da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) conduzida pelos vereadores. Se aprovada, a comissão poderia resultar na cassação do mandato de Pupin. Sem ter alcançado a maioria dos votos o pedido foi arquivado.

Com o plenário lotado, incluindo representantes de partidos políticos, grupos estudantis e muitos funcionários da prefeitura, a sessão foi interrompida várias vezes por conta das vaiais e comemorações. O vereador Carlos Mariucci (PT), um dos que foram vaiados, disse que com a aprovação da comissão, o prefeito finalmente daria explicações sobre o relatório final da CPI, que apresentou 560 páginas e mais de 4 mil anexos e não foi avaliado pelo Executivo. "A prefeitura não levou em conta o nosso trabalho e ousou passar por cima da recomendação de diminuir a tarifa em R$ 0,20, aumentando-a ainda mais em R$ 0,20. O prefeito desdenhou da Câmara", afirmou.

O vereador Mário Verri (PT), que também foi vaiado, ironizou ao subir na tribuna. "É primeira vez que vejo a comunidade unida para subir a passagem", disse ele ao sugerir a quantidade de funcionários públicos que acompanhavam a sessão. Já o vereador Chico Caiana (PTB) defendeu a administração municipal. "Não podemos desvalorizar a administração que trabalha para o bem de todos os maringaenses, sem distinção", enfatizou, enquanto era aplaudido por muitos.

Com a negativa dos colegas de Casa, o vereador Mariucci afirmou no encerramento da discussão que irá protocolar um requerimento convidando o prefeito a prestar esclarecimentos no plenário sobre o aumento da tarifa de ônibus.

Tarifa teve aumento de até 8%

O valor da passagem do transporte coletivo em Maringá está mais caro desde 1° de junho. Passou de R$ 2,55 para R$ 2,75 aos usuários que usam o cartão Passe Fácil ou cartões avulsos. Já para quem paga em dinheiro ou usa o Passe Fácil no transporte executivo, o chamado "expressinho", a tarifa saltou de R$ 3 para R$ 3,25. Quem opta em pagar o expressinho com dinheiro, que custava R$ 3,45, tem que desembolsar R$ 0,30 a mais.

A empresa que administra o transporte público, a Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC), fez o pedido do aumento e, segundo a prefeitura, o reajuste só poderia ser negado caso o município recebesse R$ 750 mil em subsídios destinados pelo governo do Estado – repasse que foi negado pelo governador Beto Richa (PSDB), alegando não poder assumir mais uma responsabilidade.

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