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Desmentido quatro vezes pelos fatos - e na quarta-feira por seu próprio partido, o PDT -, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, não apresentou à presidente Dilma Rousseffprovas materiais sobre o custo e pagamento do voo ao lado de um empresário dono de ONG que mantém convênios com a pasta que comanda e começou a ser abandonado por correligionários. O presidente interino do PDT, André Figueiredo (CE), aconselhou o ministro a deixar o cargo. O Planalto aguarda novas versões que o ministro apresentará nesta quinta, em depoimento ao Congresso, para avaliar quando ele será substituído.

Uma das versões de Lupi foi implodida pelo próprio PDT. O ministro dissera que o voo com o empresário Adair Meira, da ONG Pró-Cerrado, com negócios suspeitos com o Trabalho, fora pago pelo PDT do Maranhão. Mas o orçamento da viagem do ministro não está na prestação de contas do PDT maranhense. O presidente estadual da partido, Igor Lago, negou que o diretório regional tivesse dinheiro em caixa para bancar o aluguel de aeronave e disse que o partido quer apenas "ajudar a esclarecer todos os fatos". Com a prestação de contas do partido em mãos, Igor Lago afirmou que o PDT maranhense não tem responsabilidade pelo aluguel de qualquer aeronave para deslocamento do ministro no Maranhão.

"Ontem mesmo recebi a declaração de contas, que está registrada no Tribunal (de Contas do Estado). Não consta nada sobre transporte aéreo, o diretório regional não arcou com esta despesa", disse. E emendou: "O PDT não tem condições financeiras para arcar com os custos de uma viagem dessas. Portanto, PDT não pagou os voos utilizados pelo ministro".

A presidente Dilma Rousseff, em encontro com o ministro na manhã de quarta, exigiu que ele apresentasse "provas materiais" do pagamento do voo providenciado pelo empresário dono de ONG com negócios milionários e suspeitos com o Ministério do Trabalho. Apesar do desmentido do próprio PDT, o ministro saiu do Planalto anunciando que "ia atrás da nota", se referindo à nota fiscal de pagamento do voo, que agora teria de ser do PDT nacional e não mais do regional, como afirmara antes, já que o PDT regional desmentiu que tivesse arcado com a despesa como anunciara Lupi, anteriormente. A ida do ministro ao Senado nesta quinta, onde terá de se explicar e justificar por que mentiu na Câmara sobre o voo e as relações com a ONG, é considerada o teste final para Lupi. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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