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Reviravolta no caso da tentativa de assalto a uma agência bancária com reféns no Méier, Zona Norte. O vigilante do banco, Wanderson Vinhaes dos Santos, que no início era considerado um refém, foi preso no fim da tarde por suspeita de ajudar a planejar o assalto. Ele teria fornecido informações sobre o funcionamento da agência bancária. Os policiais desconfiaram do vigilante por ele ser vizinho dos assaltantes. Em depoimento na delegacia, o vigilante confessou que conhecia os ladrões. Na manhã desta sexta, três bandidos, identificados como Eduardo Oliveira de Carvalho, de 25 anos, Honório Pereira de Jesus, de 20 anos, e Francisco Régis Fernandes, de 28, mantiveram por quase três horas em seu poder, além do vigilante, o gerente e um entregador de lanche. Eles se entregaram pouco depois das 10h30.

Os três bandidos saíram algemados da agência e foram colocados numa viatura da Polícia Militar ( veja fotos do assalto). Eles começaram a prestar depoimento por volta do meio-dia na Delegacia de Roubos e Furtos, de onde os três reféns saíram pouco antes, sem falar com a imprensa. De acordo com a polícia, Eduardo, conhecido como Cicatriz, teria dito que já foi preso quando era menor de idade. Os três assaltantes serão transferidos para a Polinter.

Gerente foi rendido quando chegava para abrir o banco

Às 7h50m, antes do horário de funcionamento bancário, os bandidos renderam o gerente, que chegava para trabalhar, e invadiram o Bradesco da Rua Dias da Cruz número 350. Ao sair da agência com malotes de dinheiro, os ladrões se depararam com um carro da PM que fazia patrulhamento de rotina. Eles então retornaram ao banco e mantiveram reféns as três pessoas que já tinham sido rendidas.

Toda a área próxima ao banco foi isolada para garantir a segurança dos moradores. Dois carros blindados e um do comando tático regional da Polícia Militar foram enviados para o local. A polícia não usou força nem disparou qualquer tiro.

Policiais retiram assaltante de agência bancária. Foto de Domingos Peixoto A negociação começou a ser feita logo depois pelo comandante do 3º BPM (Méier), coronel Mauro Teixeira. Ele informou que os ladrões estavam muito nervosos e se diziam sem experiência. O coronel contou que eles afirmaram nunca ter matado alguém e que esta seria a primeira ação criminosa que estariam praticando. Por volta das 9h, um negociador do Bope chegou para tentar convencer os assaltantes a libertar os reféns. Os bandidos exigiram a presença da imprensa e de um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), que foi chamado.

- Nossa obrigação, como Ordem dos Advogados do Brasil, é dar completo apoio para que nada aconteça, principalmente aos reféns - aponta Humberto Cairo, da Ordem dos Advogados do Brasil.

O trânsito ficou congestionado no bairro devido à interdição no quarteirão entre a Dias da Cruz e as ruas Vilela Tavares e Pedro Carvalho, para que a área ao redor do banco fosse isolada.

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