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A ex-cabeleireira Adriana Almeida, viúva do milionário da Mega-Sena Renné Senna, foi presa, no início da tarde desta terça-feira, por policiais da 119ª DP (Rio Bonito), acusada de participação na morte do marido, que ganhou R$ 52 milhões na Mega-Sena. Adriana foi presa em um hotel em Camboinhas, na Região Oceânica de Niterói. A situação de Adriana ficou mais complicada após seu depoimento ter sido desmentido por seu amante, o motorista de transporte alternativo Robson de Andrade Oliveira, de 25 anos. A polícia também acredita que um segundo amante de Adriana possa estar envolvido no crime. O homem seria um ex-segurança.

Nesta segunda-feira, o advogado Alexandre Dumans, que defende Adriana, entregou uma petição ao delegado Ademir Oliveira. No documento, o advogado retifica partes do depoimento da viúva, no qual pelo menos quatro mentiras foram descobertas pela polícia após o testemunho de Robson, que confessou ser amante de Adriana.

Em seu tumultuado depoimento no último dia 12, Adriana disse, entre outras coisas, que tinha vida sexual ativa com Renné; que estava tentando ter um filho com o ricaço; e que havia passado o réveillon sozinha em Cabo Frio, na Região dos Lagos. Além disso, segundo ela, o motivo da briga com Renné dias antes do crime teria sido o fato de o milionário ter bebido no Bar do Penco.

Robson, por sua vez, revelou à polícia que Adriana lhe contou que teve poucas relações sexuais com Renné; que a ex-cabeleireira não pode mais ter filhos devido à cirurgia de laqueadura de trompas que fez após o nascimento de seu terceiro filho; e que passou o réveillon com Adriana. Em relação ao motivo da discussão que resultou na expulsão de Adriana da fazenda por Renné, no dia 4 de janeiro, Robson disse que o casal brigou devido à desconfiança do ricaço de que um dos seguranças da fazenda seria amante da ex-cabeleireira.

- Foram mentiras de "proteção moral". O objetivo de Adriana era proteger Robson, ela própria e a memória do seu marido, Renné. Vejo estas contradições com naturalidade. Todo depoimento traz pequenas mentiras periféricas. Não podemos esquecer que o objetivo do inquérito policial é investigar o crime do homicídio de Renné, e não o adultério de Adriana. Adultério nem é mais crime - justificou Dumans.Advogado suspeita de irmão de Renné

O advogado Alexandre Dumans voltou a negar que sua cliente, Adriana, tivesse motivos para matar Renné. Segundo ele, foram apresentadas provas no inquérito que inocentam a ex-cabeleireira:

- Por que essa fixação na viúva? Por que ela é rica? Há muitos outros suspeitos do crime, como o Miguel (irmão de Renné), o Otávio (noivo de Renata, filha do milionário) e os ex-seguranças.

O delegado Ademir Oliveira afirmou nesta segunda-feira que não descarta a possibilidade de realizar uma reconstituição do assassinato de Renné, ocorrido no Bar do Penco, em Rio Bonito, no último dia 7. Para isso, a motocicleta de Robson, apreendida no domingo, será levada ao local do crime.

- A moto utilizada no crime era azul, e a de Robson é roxa. As duas não têm placa - disse Oliveira, acrescentando que testemunhas do episódio serão chamadas à delegacia para reconhecer a moto apreendida.

O delegado disse ainda não ter mais dúvidas de que o crime teve motivação financeira. Segundo ele, a situação de Adriana se complicou após as contradições encontradas em seu depoimento.

Serão ouvidos nos próximos dias os seguranças que trabalharam na mansão de Renné no Recreio dos Bandeirantes e os seguranças demitidos pelo milionário no ano passado. Também faltam prestar depoimento a mãe de Adriana, Cleuza; o ex-marido da viúva, Alcione Couto; e o advogado Luiz Fernando Carvalho, contratado por Renné para entrar na Justiça com um pedido de exame de DNA na filha do milionário, Renata Senna.

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