O projeto de lei que determina a regulamentação da profissão de leiloeiro no Paraná foi retirado de pauta por cinco sessões da Assembleia Legislativa a pedido do próprio autor, o deputado Nelson Justus (DEM). A proposta seria votada ontem, mas, com a medida, deve voltar para discussão em plenário apenas no dia 1.º de dezembro.
Alegando compromissos, Justus que já teve familiares investigados pelo Ministério Público sob suspeita de improbidade administrativa em licitações envolvendo leilões não falou com a reportagem para explicar o motivo de pedir o adiamento da votação do projeto. Segundo a assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa, o adiamento foi pedido para que os leiloeiros cheguem a um consenso sobre a proposta.
Cartelização
Visto como injusto para parte da categoria dos leiloeiros que atuam no Paraná que acreditam em uma possível cartelização da atividade , o projeto de lei gerou polêmica entre as entidades envolvidas, pois estabelece uma série de medidas passíveis de questionamento judicial. O projeto, por exemplo, obriga o leiloeiro a realizar, no mínimo, cinco pregões por ano.
Entre outros itens questionados está a limitação do número de leiloeiros no estado, na proporção de um profissional para cada 400 mil eleitores. Como o estado tem 8,5 milhões de eleitores, o máximo permitido seria de 21 leiloeiros. Hoje, há 68 profissionais credenciados na Junta Comercial do Paraná (Jucepar), órgão fiscalizador de leilões. O impacto inicial da lei seria impedir o cadastramento de novos profissionais.
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