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Entre os três projetos polêmicos que a Câmara deverá votar neste mês - o Código Florestal, a Lei da Copa e o projeto de distribuição dos royalties da exploração do petróleo - o último não é uma prioridade do governo, e sim da Câmara, afirmou nesta quinta-feira (1º) o líder do PT na Casa, deputado Cândido Vacarezza (SP).

Sobre essa questão, ele afirmou que a posição do governo é de espectador. O líder do PT afirmou que, ao saber, na quinta-feira, que a bancada do Rio ameaçava obstruir a votação do texto caso não fosse criada uma comissão especial, ligou para o governador Sérgio Cabral, para evitar elevar os ânimos na bancada da Câmara.

"Eu conversei com Cabral, disse para fazermos a discussão com calma. Vamos chegar a um bom acordo, que não é uma boa política trazer confronto ao plenário (sobre as obstruções). Marco Maia não pode ser acusado de ter acelerado a discussão. Era para votar em outubro do ano passado, já ganharam tempo. Não há orientação do governo, o governo está expectante", disse Vacarezza, sobre atuação do presidente da Casa, Marco Maia. Depois, em acordo, Maia acabou criando uma comissão paritária, em substituição à comissão especial que seria instaurada.

Para a votação das leis que são prioridade para o governo em março, Vacarezza não bate o martelo. Sobre a Lei da Copa, o líder do PT joga a bola para o presidente da Câmara: "Tenho que ver com o presidente Marco Maia, mas acho que dá para votar por volta do dia 16", disse.

Sobre Código Florestal, Vacarezza afirma que "se tiver condição", análise que ele fará após ler o relatório, pode ser votado no dia 6, como previsto: "Depende da complexidade. A Rio+20 é fator de pressão para qualquer debate ambiental, mas o legislativo tem seu prazo. O governo concorda com o texto que saiu do Senado."

O líder falou ainda sobre as eleições municipais. Ele afirmou que seu desejo era que todos os deputados da base do governo tivessem o mesmo candidato, mas que o deputado Tiririca (PR-SP) "tem direito de sair candidato" e isso é "um problema do PR". Vacarezza ainda negou que a nomeação do ex-senador Marcelo Crivella para assumir o Ministério da Pesca e Aquicultura tenha sido jogada para tirar Celso Russomano - possível candidato do PRB - do jogo em São Paulo e atrair evangélicos para o PT na eleição paulistana.

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