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Último parlamentar a apresentar sua candidatura ao comando da Câmara, o deputado Chico Alencar (PSOL-SP) afirmou nesta terça-feira (1º) que o voto secreto para a escolha do novo presidente da Casa "gera uma vontade de trair danada".

"O velho Tancredo [Neves] dizia que voto secreto gera uma vontade de trair danada. Eu não quero traição, quero voto de convicção. Temos um programa com mais de 30 pontos para a gestão da Câmara no aspecto da transparência e da ética", afirmou Alencar.

Apesar de dizer que não quer receber votos de "traição", mas sim de "convicção", Alencar admitiu que a proteção do anonimato pode acabar prejudicando os planos do candidato governista Marco Maia (PT-RS), que disputa a eleição contra Alencar e os outros dois deputados Sandro Mabel (PR-GO) e Jair Bolsonaro (PP-RJ).

Alencar justificou sua candidatura afirmando que o seu partido identificou espaço para "princípios e projetos" na disputa pela Câmara: "Há compreensão de que esse plenário tão diverso, de 513 deputados que iniciam a legislatura, não está inteiramente contemplado nas candidaturas que se apresentaram. Portanto, há um lugar para princípios e projetos. Não quero falar de prédio para deputado, mas sim de ponte que aproxime a sociedade do parlamento."

A eleição para presidente da Câmara está marcada para ocorrer 18h. Para vencer no 1º turno da eleição, o candidato ao comando da Câmara terá de atingir 257 votos. Se obter número inferior a votação irá para segundo turno com chance de os deputados adversários de Maia se unirem para derrotar o candidato de preferência do governo.

O petista Marco Maia é o candidato de preferência do Planalto e tem o apoio de 21 partidos da Casa, dentre eles o PMDB, PSDB e DEM. Apesar do favoritismo, nos corredores na Câmara nesta tarde o que se falava nas rodas de conversa dos deputados é que um segundo turno na votação poderia colocar em dúvida a vitória do petista.

Entre os três concorrentes de Maia, apenas Alencar tem o apoio do partido na disputa. Mabel e Bolsonaro lançaram candidaturas avulsas contra a determinação de suas siglas, que apóiam Maia.

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