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O ministro de Relações Institucionais, Jaques Wagner, garantiu nesta quarta-feira que não partiu do Palácio do Planalto nenhuma orientação para a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. A Caixa Econômica Federal admite a possibilidade de o extrato ter saído de dentro da própria Caixa.

O presidente da Caixa, Jorge Mattoso, disse que, se o papel for reprodução fiel do documento original, o extrato só pode ter sido obtido em uma das gerências do banco, tanto de uma agência quando da sede.

Jaques Wagner participou de seminário sobre desenvolvimento no Hotel Nacional, em Brasília. O ministro não soube explicar o motivo da ausência do presidente da Caixa, apesar das informações da assessoria da estatal indicarem a presença de Mattoso no evento.

Wagner defendeu a permanência do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Para Jaques Wagner, no que se revelou até agora, não há razão para a saída do ministro, afirmando que é preciso aguardar as investigações, tanto sobre a quebra de sigilo quanto sobre a veracidade do depoimento do caseiro, no qual disse que Palocci freqüentava uma casa alugada por ex-assessores de Ribeirão Preto, acusados de corrupção, com quem garantia não ter mais convívio.

- O presidente Lula sustenta a posição do ministro Palocci. A menos que no nível das investigações se revele alguma coisa que seja impeditiva, o ministro fica no cargo. Com isso que está revelado até agora, vamos sustentá-lo - afirmou Jaques Wagner.

Perguntado sobre o que seria impeditivo para Palocci permanecer no caso, o ministro respondeu:

- Só a investigação pode dizer e, se alguma coisa imputar a ele algum tipo de culpa, evidentemente aí a decisão irá ao presidente Lula. Com isso que está revelado até agora, vamos sustentá-lo.

Jaques Wagner disse ainda que Lula quer punição exemplar para os responsáveis pela quebra do sigilo do caseiro porque "o presidente não vai conviver com a quebra da regra democrática". O ministro, no entanto, criticou o que chamou de "excitação do clima eleitoral'. Para Jaques Wagner, "o clima está ultrapassando o nível de tensão que é desejável".

- Há uma excitação excessiva no embate político eleitoral. Isso não é bom para a democracia. O clima está ultrapassando o nível de tensão que é desejável, seja pela quebra de sigilo seja pela montagem de uma história. Temos que esperar com tranqüilidade as investigações - afirmou.

Jaques Wagner disse que é impossível se falar qualquer coisa antes de as investigações serem concluídas sobre quem foram os responsáveis pela quebra de sigilo e se a "história do caseiro é consistente ou produzida por alguém."

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