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O ministro da Defesa, Waldir Pires, disse neste sábado, em São Paulo, que a decisão do comando da Aeronáutica de exonerar o brigadeiro Paulo Roberto Cardoso Vilarinho do comando do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e o major-brigadeiro Antonio dos Santos Pohlmann da vice-direção do órgão foi uma decisão interna "de rotina", que passou por ele e pela Presidência da República.

— Foi uma decisão do comando, conduzida por mim, pela Presidência da República. O comando da Aeronáutica encaminhou para a decisão do governo. Isso é matéria de rotina dentro das competências naturais — disse o ministro ao chegar hoje, em São Paulo, à reunião do diretório nacional do PT.

De acordo com Waldir Pires, o aquartelamento dos comandantes de vôo, que teria sido liderado por Vilarinho, não teria influência na decisão da Aeronáutica.

— Tenho a impressão de que não. Difícil tratar de aquartelamento. Tratava-se de uma medida de rotina da vida da Aeronáutica, dos assuntos de controle dentro da Aeronáutica — reafirmou.

Segundo ele, para diminuir a crise que atinge a aviação civil é preciso que a Aeronáutica e o governo tomem todas as medidas necessárias para garantir a segurança das pessoas e funcionamento do transporte aéreo no país.

— Todo o esforço de governo é voltado para a necessidade de nós, o mais rapidamente possível, termos a população tranqüila, com o serviço de transporte aéreo funcionando para a população com segurança. Essa é essencialmente a nossa posição. E tudo isso se realiza hoje dentro da Aeronáutica, tudo quanto signifique nós assegurarmos que a população terá rapidamente possibilidade de dispor de seus vôos e que isso se faça com segurança essa é a prioridade absoluta do governo. São os interesses da população que determinam as posições de governo. O governo democrático tem responsabilidade com a população — disse.

O ministro da Defesa disse ainda que a solução para o problema do pequeno número de controladores de vôo está sendo tratado pelo grupo de estudo que está sob sua coordenação, responsável pela apresentação de sugestões ao governo

— O número de controladores civis nós estamos tentando dar uma solução definitiva no grupo de trabalho que está sendo realizado. Há um grupo de trabalho com a participação da Aeronáutica, sob minha coordenação, e a participação de todos os setores da sociedade interessados para que nós venhamos a sugerir ao governo uma sugestão a respeito. Segundo os interesses da traquilidade, da normalidade, da capacidade da população de ter transporte aéreo seguro e nos devidos horários.

Waldir Pires voltou a afirmar que os casos de "quase-acidentes" relatados no espaço aéreo brasileiro fazem parte da "normalidade" de outros países e que isso não representa perigo nos céus do país.

— Isso absolutamente não. A Aeronáutica fez, inclusive, uma documentação encaminhada à imprensa, que faz parte da normalidade. Nossos números inclusive nesses quase-acidentes são inferiores aos dos Estados Unidos. De modo que não é verdade. A interpretação é outra. Isso existe normalmente em qualquer país do mundo, uma preocupação no sentido de avaliar todo tráfego aéreo e tudo ser permanentemente examinado para reduzir sempre a possibilidade de acidente. Esses níveis de acontecimentos nossos são também dentro das normas e dos acontecimentos que se dão na Europa, nos Estados Unidos – disse.

O ministro negou, mais uma vez, a existência dos "buracos negros" no espaço aéro brasileiro.

— As informações que eu tenho é de que não existem. Eu não sou técnico, mas a Aeronáutica tem essas informações. Não há buracos negros. Se esses buracos existissem eu teria sido seguramente informado. Essa pelo menos é a minha expectativa.

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