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A governadora Yeda Crusius anunciou nesta quarta-feira (2) a troca de quatro secretários em sua administração. As substituições mantêm a alta rotatividade na gestão tucana no Estado. Em 32 meses foram 25 trocas no primeiro escalão, média de uma a cada 38 dias.

"São mudanças no secretariado que vêm sendo trabalhadas em consenso com os partidos políticos e a base aliada na Assembleia Legislativa", afirmou Yeda.

Ela informou que o diretor de Planejamento do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Otomar Vivian, será o novo chefe da Casa Civil, no lugar de José Alberto Wenzel, que assume a Secretaria de Relações Institucionais. O titular anterior da pasta, Celso Bernardi, irá para a diretoria do BRDE.

Além da triangulação, Yeda trocou o secretário-geral de governo, tirando Erik Camarano e colocando Ana Pellini, ambos de perfil técnico, e aceitou o pedido de afastamento da secretária da Educação, Mariza Abreu (PSDB), nomeando o também tucano Ervino Deon para o cargo.

Mudanças significativas

A mudança mais significativa para o momento político foi a da Casa Civil. A escolha de Vivian pode ser a solução para diversos problemas. Ex-presidente da Assembleia Legislativa, ele pode transitar com desenvoltura entre os aliados, tanto para fazer valer a maioria de 8 votos contra quatro na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades na administração estadual quanto para aprovar o plano de carreira do funcionalismo e o orçamento de 2010.

Durante pronunciamento, a governadora mostrou o interesse de colocar em discussão a continuidade de projetos de gestão implementados por ela na sua administração. "Em 2010 teremos, aí sim sob as regras da lei, um grande debate com todos os gaúchos sobre a importância histórica de reafirmar nosso projeto", afirmou. "O Rio Grande do Sul mudou muito, embora alguns não queiram aceitar, e peço à base aliada que continue nos ajudando a implementar as ações necessárias à finalização desse projeto".

O presidente estadual do PP, Jerônimo Goergen, admitiu que convites como o que Yeda fez a Vivian têm reflexos eleitorais. O partido está fazendo consulta às bases e tem indicativos de que deve participar de coligação em 2010, se possível com a cabeça de chapa.

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