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Em meio às pressões para sua saída e aos novos problemas enfrentados por passageiros no Aeroporto de Congonhas nesta segunda-feira, o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, disse que não pretende deixar o cargo e classificou sua eventual renúncia neste momento de irresponsabilidade.

"Ninguém pode estar acima da lei. Se a lei é ruim, então que se mude a lei", afirmou presidente da Anac a jornalistas, lembrando que foi indicado para o cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que somente ele pode interferir em seu futuro na agência reguladora.

Zuanazzi é o único diretor remanescente na agência desde a debandada de diretores após a pior tragédia da história da aviação brasileira, envolvendo um Airbus da TAM em Congonhas, que deixou 199 mortos em julho.

"Meus colegas deixaram a agência porque entenderam que a pressão foi muito grande. Eu não posso deixar o país sem autoridade aeronáutica", disse.

"Meu cargo de diretor é mandatário do Senado. A hora que tiver pelo menos três diretores, o presidente Lula pode escolher outro presidente", acrescentou.

Nesta segunda-feira foi publicado no Diário Oficial a nomeação do brigadeiro Allemander Jesus Pereira Filho para ocupar uma das cinco diretorias do órgão. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, já indicou os nomes dos engenheiros Alexandre Gomes de Barros e Claudio Jorge Pinto Alves, além do economista Marcelo Guaranys para ocupar diretorias na agência. As indicações têm de ser aprovadas pelo Senado.

Segundo a assessoria de imprensa do ministério, Jobim aguarda a posse de três de seus indicados para negociar a saída de Zuanazzi da Anac e indicar sua assessora Solange Vieira para presidir o órgão.

Ao ser questionado sobre a preferência do ministro por Solange, Zuanazzi afirmou que "não teria nenhum problema em trabalhar com ninguém".

Nesta segunda-feira Congonhas voltou a viver dias conturbados -49,7 por cento dos vôos programados chegaram a ser cancelados ou registraram atraso superior a uma hora. Segundo as duas principais companhias aéreas do país, TAM e Gol, os atrasos foram causados pelo mau tempo e pelo fechamento de Congonhas por cerca de 25 minutos na noite de domingo.

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