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Assista à reportagem em vídeo| Foto: TV Globo

Diretora da Gautama continua presa após depor no STJ

Considerada peça chave no esquema de pagamento de propinas da Gautama, a diretora comercial da empresa, Maria de Fátima Palmeira, foi mantida presa ao final do mais longo depoimento até agora tomado pela ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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O empresário Zuleiro Veras, dono da empresa Gautama e acusado de comandar um esquema de fraudes em licitações públicas, se recusou a depor neste sábado (26) para a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.

Ele chegou algemado na manhã neste sábado ao STJ. O depoimento dele ocorreria após o da diretora comercial da Gautama, Maria de Fátima Palmeira, mas com a recusa em falar, ele foi levado de volta a carceragem da Polícia Federal.

O empresário foi preso no último dia 17 durante a Operação Navalha. Das 47 pessoas presas na operação, apenas 10 continuam presas, incluindo Zuleido e Maria de Fátima. Outros depoimentos podem ocorrer ainda neste sábado.

Diretora

Maria de Fátima Palmeira terminou após nove horas seu depoimento à ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), sobre o esquema de fraudes em licitações para favorecer a empresa. A ministra decidirá se Maria de Fátima continuará presa.

O depoimento dela durou quatro horas e meia na sexta-feira (25) e o restante neste sábado. Braço direito de Zuleido Veras, ela viabilizaria o direcionamento de obras públicas à empresa e também atuaria como intermediária no pagamento de propinas.

A fraude

De acordo com a Polícia Federal, a Gautama, empresa de Zuleido, atuaria infiltrada no governo federal e em governos estaduais e municipais mediante pagamento de propina a servidores, políticos e ex-políticos.

A PF apresentou gravações telefônicas em que o empresário estaria negociando supostas propinas com políticos e servidores públicos. Em uma das ligações, Zuleido estaria combinando o pagamento de propina com o deputado distrital Pedro Passos (PMDB), que consegiu a liberação de um crédito suplementar no valor de R$ 3,5 milhões destinado à Secretaria de Agricultura para pagamento da Gautama.

A advogada Sonia Rao, que faz a defesa de Zuleido, nega que ele tenha comandado o esquema, dizendo que "há um certo folclore de que o poder público não pode entrar em contato com os empresários". Ela alega que as conversas gravadas pela Polícia Federal são "técnicas" e que é "normal o empresário pressionar para receber porque o governo geralmente demora a pagar".

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