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Operação Navalha

Diretor de programa federal sob suspeita pede demissão

Projetos do "Luz para Todos", dirigido até ontem por José Ribamar Lobato Santana, podem ter sido superfaturados, diz PF

O diretor nacional do Programa Luz da Todos, José Ribamar Lobato Santana, pediu demissão do cargo na noite desta quinta-feira (24), alegando "motivos pessoais". Santana é o terceiro nome do Ministério de Minas e Energia a deixar o cargo após a deflagração da Operação Navalha da Polícia Federal, que investiga esquema de fraude de licitações em obras públicas.

Santana, que também é presidente do conselho consultivo da Companhia Energética do Piauí (Cepisa), teria participado, segundo a polícia, do superfaturamento em R$ 2 milhões de uma obra do Luz para Todos, programa do Governo federal que quer levar energia a todos os brasileiros.

Além dele, já deixaram o cargo o próprio ministro Silas Rondeau, acusado de receber propina e seu assessor, Ivo Almeida Costa, que apareceu em imagens de circuito interno do ministério, divulgadas pela PF, recebendo Fátima Palmeira, diretora comercial da Gautama, empresa que é pivô das investigações.

Empresário presta depoimento neste sábado

Principal beneficiário do esquema que fraudava licitações públicas, segundo a Polícia Federal, o empresário Zuleido Veras vai prestar depoimento à ministra Eliana Calmon neste sábado (26), último dia de depoimentos.

Também será ouvido nesse dia o filho do empresário, Rodolpho de Albuquerque Soares de Veras, dono de uma empresa que seria utilizada para transferir dinheiro para pagamento de propinas. A funcionária da Gautama Tereza Freire Lima, que supostamente providenciava dinheiro para as propinas, também vai prestar depoimento.

O último interrogado no sábado será Henrique Garcia de Araújo. Administrador de uma fazenda do Grupo Gautama, ele transportaria, segundo a PF, o dinheiro das propinas e teria exercido papel relevante na lavagem de dinheiro obtido pelo grupo. Por meio de compra e venda de gado, a propriedade seria usada para legalizar os recursos obtidos ilicitamente pelos envolvidos no esquema.

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