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Dono da construtora Gautama e apontado em investigação da Polícia Federal (PF) como o chefe do esquema de fraudes em licitações e desvio de recursos públicos, o empresário Zuleido Veras vai prestar depoimento à ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon neste sábado (26).

Também será ouvido neste dia o filho do empresário, Rodolpho de Albuquerque Soares de Veras, dono de uma empresa que seria utilizada para transferir dinheiro para pagamento de propinas. A funcionária da Gautama Tereza Freire, que providenciaria dinheiro para as propinas, também vai prestar depoimento.

O último interrogado no sábado será Henrique Garcia de Araújo. Administrador de uma fazenda do Grupo Gautama, ele transportaria, segundo a PF, o dinheiro das propinas e teria exercido papel relevante na lavagem de dinheiro obtido pelo grupo. Por meio de compra e venda de gado, a propriedade seria usada para legalizar os recursos obtidos ilicitamente pelos envolvidos no esquema.

Funcionários da Gautama

Foi transferido para sexta-feira (25) o depoimento de Fátima Palmeira, diretora comercial da construtora, que seria emissária de Zuleido Veras. Era o mais esperado desta quarta-feira (23). No mesmo dia, serão ouvidos também outros funcionários da Gautama.

Outros cinco depoimentos estão previstos para a sexta. Serão ouvidos Abelardo Sampaio Lopes Filho, funcionário da Gautama, Rosevaldo Pereira Melo, empregado e suposto lobista da Gautama, o diretor-financeiro da empresa, Gil Jacó Carvalho Santos, que providenciaria dinheiro para o pagamento de propinas oferecidas a servidores públicos e políticos, o irmão de Zuleido Veras, Dimas Soares de Veras, que atuaria para o grupo no Piauí, e o diretor da Gautama no Maranhão, Vicente Vasconcelos Coni.

Transferidos

Três depoimentos que deveriam ocorrer nesta quarta-feira foram transferidos. Serão ouvidos na quinta-feira (24) o sobrinho do governador do Maranhão Jackson Lago, Francisco de Paula Lima Júnior, o fiscal de obras do Maranhão, Sebastião José Pinheiro Branco, e o funcionário da Gautama, Bolívar Ribeiro Saback, que atuaria como lobista em Alagoas.

Neste dia, também serão interrogados os funcionários da Gautama Humberto Rios de Oliveira, que ajudaria a transportar dinheiro para propina, e Florêncio Brito Vieira, que ajudaria a providenciar os recursos.

Convocados

Nesta quarta-feira, a ministra Eliana Calmon ainda deve ouvir dois funcionários da Gautama. Os nomes de Flávio Henrique Candelot e Jorge Barreto foram incluídos na lista de depoimentos de última hora. O advogado e sobrinho do governador do Maranhão Jackson Lago, Alexandre de Maia Lago, está sendo interrogado. Além dele, a ministra já ouviu outras quatro pessoas nesta quarta-feira.

O presidente da Companhia Energética do Piauí (Cepisa), Jorge Targa Juni, foi o primeiro a prestar depoimento. Ele é investigado pela PF por atuar com Ivo Almeida Costa, ex-assessor do Ministério de Minas e Energia, para fraudar a contratação de obras do Programa Luz Para Todos, como forma de favorecer a Gautama. Em seguida, foi ouvido o empresário José Edson Vasconcelos Fontenelle. Além dele, foram interrogados o subsecretário de Obras de Camaçari (BA), Everaldo José de Siqueira Alves, e o secretário de Obras do mesmo município, Iran César de Araújo Filho.

Everaldo e Iran tiveram as prisões revogadas pelo STJ e foram soltos logo após prestar depoimento. Com isso, chega a 28 o número de presos na Operação Navalha que já foram liberados pela Justiça.

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