Saúde e Bem-Estar

Amanda Milléo

O que prometem e o que realmente fazem as máscaras faciais que ganharam popularidade

Amanda Milléo
18/06/2019 08:00
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Máscaras faciais: elas entregam o que prometem ou são só enganações? (Foto: Bigstock)

Pelas estantes das farmácias, hoje é possível encontrar uma variedade enorme de máscaras faciais. Sejam em forma de cremes, tecidos, papel e até mesmo na versão em pó, esses produtos prometem uma redução de cravos e espinhas, hidratação profunda, diminuição da flacidez no rosto, entre outros benefícios.
Em geral, as promessas dessas máscaras faciais não são enganosas, mas quem for testá-las precisa reduzir as expectativas.

“Os ativos presentes nessas máscaras são específicos, em geral, para hidratação, acne ou flacidez. Nenhuma delas faz ‘milagres’ ou substitui um tratamento indicado por um médico, mas podem ajudar”, explica Sylvia Ypiranga, médica dermatologista, assessora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 

Destaque especial às máscaras faciais que ficam em contato por mais tempo com a pele, especialmente aquelas em papel, tecido ou veículo plástico. Essas tendem a ter o efeito potencializado justamente pelo maior tempo de ação.
“Aí está a vantagem de incluir a máscara facial na rotina de tratamento. Desde que sejam produtos certificados e de boa procedência. Evite produtos caseiros ou de origem duvidosa. O uso não exclui outros cuidados essenciais, como a limpeza e a utilização de protetor solar”, reforça a médica.

De olho nos ativos

Na hora de comprar uma máscara facial, dê preferência às marcas já conhecidas e fique de olho nos ingredientes. O que vai diferenciar a qualidade do produto, conforme lembra Camila Scharf Shwetz, médica dermatologista, são os ativos presentes na composição.

“Há hoje máscaras com ácido hialurônico, ácido glicólico, alguns ativos clareadores, hidratantes, antiacnes. Dependendo do ativo, o paciente vai conseguir os efeitos de um creme mais potencializado. Para pessoas que buscam maior hidratação, melhora na textura, especialmente em peles mais maduras, acho uma opção interessante”, explica a especialista, titular pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. 

Se a ideia é reduzir as manchas do rosto a partir de uma máscara com efeito clareador, fique atento à composição e concentração do produto. Máscaras feitas com muitos conservantes, como propilenoglicol, não terão tanto efeito quanto as máscaras com ativos mais concentrados.
“Ativo como ácido hialurônico atua na hidratação, ácido glicólico melhora as linhas finas, ácido salicílico é bastante usado para quem tem acne”, orienta a médica.
Se for usar uma máscara facial, cuidado com a acne. Converse com seu dermatologista (Foto: Bigstock)
Se for usar uma máscara facial, cuidado com a acne. Converse com seu dermatologista (Foto: Bigstock)

Cuidado com a acne

Quem tem problemas com acne ou a pele muito oleosa, o cuidado deve ser redobrado antes do uso desse tipo de produto, que pode piorar os sintomas.
“Já recebi relatos de pacientes que pioraram usando máscaras que deveriam ser ‘próprias’ para a acne. Simplesmente pela oclusão que ela proporcionava à pele. Ao ficar com a pele meio abafada durante alguns minutos, isso para algumas pessoas é suficiente para piorar as espinhas”, explica Camila Shwetz.
Além disso, caso a pele seja muito sensível ou reativa, o ideal é evitar máscaras faciais. “Se você já tem uma sensibilidade a algum produto, lembre-se que você não vai só passá-lo, mas deixá-lo ocluído por minutos no rosto. Então, se houver sensibilidade, pode piorar sim”, reforça a médica.

Frequência certa?

Caso a pele não tenha apresentado nenhuma reação ou alergia aos produtos, as máscaras (principalmente os cremes) podem ser usados de uma a duas vezes na semana.
Já aquelas que agem sob oclusão por tecido, uma vez a cada sete ou mesmo 14 dias pode ser suficiente.
Em caso de dúvidas, o melhor é buscar o médico dermatologista e seguir as orientações do fabricante do produto.
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