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Surto em São Paulo e volta de viagens internacionais trazem alerta para sarampo

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22/07/2019 17:41
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São Paulo tem registrados 384 casos confirmados neste ano. Foto: Bigstock.

Com 384 casos registrados neste ano,  o estado de São Paulo está em alerta no que pode ser considerado um surto de sarampo.
Pela vizinhança e pelo trânsito de pessoas entre os estados, o estado do Paraná reforça a vigilância e o monitoramento da doença pela Secretaria de Estado da Saúde. As informações são da Agência Estadual de Notícias.
Por este motivo, as orientações sobre sinais da doença estão sendo intensificados a profissionais que atuam nos serviços de saúde e também à população.
Retorno das férias
Para quem está voltando dos Estados Unidos e da Europa, vale o alerta. Nas regiões norte-americanas de Nova York e de Washington ocorreram no começo do ano os piores surtos da doença.
Na Europa, mais de 40 mil pessoas, entre crianças e adultos, foram infectados pelo sarampo em 2018 – um aumento de 600% em três anos. Os dados de agosto de 2018 da Organização Mundial da Saúde (OMS) destacam a França, Grécia, Itália, Rússia, Sérvia, Geórgia e Ucrânia como países com maior número de casos.

Os primeiros sintomas do sarampo são febre alta, tosse, coriza e conjuntivite, seguidos de manchas avermelhadas pelo corpo (exantema).

A transmissão do sarampo ocorre de forma direta e rápida, por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. As partículas virais ficam suspensas no ar. Por isso, o elevado o poder de contágio da doença.

Vacinação

A vacina é a única maneira de prevenir o sarampo, em duas doses de vacina para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade, sendo uma dose da vacina tríplice viral aos 12 meses de idade e uma dose da vacina tetra viral aos 15 meses de idade.

Até 29 anos a pessoa deverá ter recebido duas doses. Uma dose da vacina tríplice viral também é indicada para pessoas até 49 anos de idade.

No momento, a vacinação ainda está aquém do esperado no Paraná, segundo a a enfermeira da Divisão de Imunização da Secretaria da Saúde, Vera Rita Maia. O acumulado do Paraná até o mês de junho deste ano era de 89,8% na faixa etária menor de 1 ano, sendo que a cobertura vacinal deve ser de 95%.
A vacina contra o sarampo está na lista dos imunizantes de rotina, e é indicada a quem não se vacinou na infância ou quem não tem certeza da proteção. “Não tem problema nenhum tomar de novo [caso a pessoa não se lembre]. Infelizmente, boa parte dos adultos não tem a carteirinha e a única forma de ter certeza da vacina é pela carteirinha”, reforça Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.
A Secretaria da Saúde do Paraná orienta para que a população fique atenta às datas da caderneta de vacina e aos registros de doses. Quem já tomou duas doses da vacina da tríplice está imunizado.
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