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Caríssimos, fui ao Café Mafalda esta semana e, conversando com a proprietária Ieda Godoy sobre o tema do último post – a choradeira por causa das entradas -, ela me lembrou de uma forma ainda mais desagradável de não pagar ingresso: a famosa “carteirada”.

São policiais, promotores, oficiais de Justiça, músicos e às vezes até jornalistas que confundem sua carteira profissional com uma chave-mestra, capaz de abrir-lhes as portas de qualquer lugar, a qualquer hora.

Eu sei que alguns desses profissionais têm livre acesso aos estabelecimentos quando estão de serviço, mas e quando estão de folga? É legítimo? É legal? É MORAL? Se algum representante dessas categorias puder nos responder eu agradeço…

“Quando um policial chega e na hora de pagar me mostra o distintivo, eu digo que se ele estivesse trabalhando não cobraria entrada”, me disse a Ieda, que também é dona do Wonka Bar (onde se cobra ingresso). “Pior é quando um cara chega aqui e pede pra não pagar porque é MÚSICO. Aí eu digo pra ele entrar de graça nos lugares onde ele toca…”

A respeito dos jornalistas, esclareço: algumas casas noturnas (como o extinto Café Curaçao) mantêm convênios com o sindicato da categoria, por meio dos quais eximem esses profissionais da entrada ou oferecem descontos. Em geral as casas também não cobram ingresso de colunistas ou profissionais da imprensa que estão cobrindo um show ou evento, ou trabalhando numa reportagem. Fora dessas situações, pagamos entrada como qualquer um.

A SECRETARIA ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA RESPONDE, a pedido do blog: “Os policiais civis têm franco acesso aos locais de fiscalização, o que está explícito na sua identificação profissional.

Mas é claro que ele é restrito a ações de investigação ou algum tipo de trabalho. Infelizmente existem aqueles que têm má-conduta, apresentam a credencial como se fossem trabalhar mas não o fazem. E como eles não usam farda, fica difícil fiscalizar esse tipo de comportamento.

Por isso contamos com o apoio dos proprietários das casas noturnas e dos consumidores, para que denunciem quando perceberem algum tipo de abuso. Os policiais militares também têm acesso livre só em serviço, mas no caso deles é mais fácil de perceber, porque eles precisam estar fardados.”

Portanto, se você perceber um policial usando o seu distintivo de má-fé numa casa noturna, pode fazer uma denúncia pelo telefone da Ouvidoria Geral da Polícia (0800-41-0090). O serviço funciona 24 horas, inclusive nos fins de semana. Ou neste site.

E vocês, o que acham da “carteirada”?

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