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Hoje a “balada” é na Boca Maldita
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Estimados boêmios, o melhor – e o mais importante – programa de hoje (e do ano, quiçá da década ou do século) vai rolar na Boca Maldita, a partir das 18 horas: a grande mobilização promovida pela OAB-PR para expressar a nossa indignação contra a quadrilha fantasmagórica que assombra a Assembleia Legislativa há muitos anos, brilhantemente denunciada na série “Diários Secretos” pela Gazeta do Povo e a RPC TV. O assalto aos cofres públicos, com a proliferação de funcionários fantasmas e laranjas, é calculado pelo Ministério Público em R$ 100 milhões.

Mais do que o afastamento imediato da Mesa Diretora, encabeçada pelo presidente Nelson Justus (DEM) e pelo primeiro-secretário, Alexandre Curi (PMDB), o ato exige uma mudança radical de postura na administração pública. Chega de palhaçada. Não vamos mais tolerar esses parasitas – eleitos por nós, é sempre bom lembrar – que usam seus cargos para enriquecer (a si e a seus parentes e apadrinhados), às custas dos nossos impostos. A manifestação de hoje não terá nada de oba-oba. Ao contrário, vai apresentar propostas concretas pela ética na política, como o projeto de lei elaborado pela Associação Paranaense dos Juízes Federais do Paraná (Apajufe) – que estabelece mecanismos para garantir mais transparência nos atos da administração pública e prevê punições aos gestores que esconderem informações da população.

Você que é jovem e descolado, logo mais vai ter uma oportunidade única de mostrar que a sua geração não é apática, resignada ou omissa. Vai poder desmentir os coroas que adoram tachar a “juventude” de individualista e gananciosa. Melhor ainda: com a sua simples presença e da sua galera na Boca Maldita (ou numa das outras doze cidades participantes), vai entrar para a história – como fizemos os caras-pintadas, que em 1992 ajudamos a dar um pé na bunda do então presidente Fernando Collor, ou as 50 mil pessoas que, naquele mesmo calçadão, em janeiro de 1984, iniciaram a campanha nacional pelas Diretas Já.

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Manifestação pelo impeachment de Fernando Collor na Boca Maldita, em 1992.

Como bem lembrado no editorial de hoje da Gazeta, é o momento de tirarmos o pó da canção de Geraldo Vandré que se tornou o hino da resistência contra a ditadura militar: “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. E a hora é hoje, às 18 horas. Quando vamos provar que o Paraná não é uma enorme pizzaria…

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PS: A exemplo de outras grandes mobilizações populares, o ato de hoje também terá o apoio da classe artística. Duas das mais importantes bandas do estado vão se apresentar na Boca Maldita, o Blindagem e o Terminal Guadalupe.

PS2: Não adianta nada protestarmos, se em outubro a gente votar com displicência. Aproveite o inesgotável manancial de informações da internet e vasculhe a vida do seu candidato. Não vamos, nunca mais, empregar bandido.

PS3: Já aderiu ao movimento O Paraná que Queremos? Eu já, assim como 472 entidades, 903 empresas e outras 22.346 pessoas físicas (até ontem). Assine aqui.

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