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Bancada do PSL já fala em comandar a Câmara
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Impulsionado pela votação do presidenciável Jair Bolsonaro, o PSL viu seu status na Câmara mudar de nanico para gigante com a votação de domingo (7). A sigla, que atualmente tem oito deputados federais, elegeu 52 e passará a ter em 2019 a segunda maior bancada da casa, atrás apenas do PT. O crescimento meteórico motiva os correligionários de Bolsonaro a almejar voos mais altos. A presidência da Câmara dos Deputados está no radar.

“Somos a segunda maior bancada, e eu acho que a gente tem que eleger o presidente da Câmara. Eu seria, com certeza, um pré-candidato. Temos outros parlamentares com excelente currículo que podem ser, também, pré-candidatos, mas queremos esse protagonismo”, disse o deputado federal Delegado Waldir (PSL-GO). Atualmente, a casa é comandada por Rodrigo Maia (DEM-RJ), que chegou a se movimentar informalmente para a reeleição em 2019 – mas com os números de ontem e a derrocada do centrão, deve ter os planos modificados.

Waldir é um dos três deputados federais atuais do partido de Bolsonaro que foram reeleitos ontem. Ele foi o mais votado de Goiás, repetindo o desempenho de 2014, quando também liderou no estado. Além dele, o PSL liderou em outras cinco unidades da federação, com Nelson Barbudo (MT), Delegado Pablo (AM), Marcelo Alvaro Antonio (MG), Hélio Lopes (RJ) e Eduardo Bolsonaro (SP). O filho do presidenciável, aliás, teve mais de 1,8 milhão de votos e se tornou o candidato a deputado federal mais votado da história do Brasil.

Perfis diferentes
Os 49 candidatos do PSL que estrearão na Câmara em 2019 reúnem perfis bem diversificados entre si. Pertencem a 18 estados, em todas as regiões do Brasil. No grupo, há “herdeiros” de nomes celebrados na política, como Felipe Francischini (PR), filho de Delegado Francischini, que atualmente é deputado federal e se elegeu estadual, e também Soraya Manato, mulher do atual deputado Carlos Manato (ES), derrotado na corrida pelo governo de seu estado. Já outros não tinham experiência anterior na política e nem família no ramo. Entre eles, nomes ligados à segurança, como Major Fabiana (RJ) e General Peternelli (SP).

Existe também variação grande na profissão dos novos integrantes da Câmara. Além dos militares, foi eleito o esportista Luiz Lima (RJ), ex-atleta olímpico, o apresentador de televisão Bibo Nunes (RJ) e o comerciante Loester Souza (MS) – conhecido como “Tio Trutis”, em referência ao nome da lanchonete da qual é dono.

O maior ponto de convergência entre os novos deputados se dá no vínculo com Jair Bolsonaro. Muitos dos candidatos se apresentaram como “federal de Bolsonaro” em seus estados e têm em suas redes sociais muitas imagens em que a principal estrela do PSL está em destaque. Outra linha comum entre eles é que muitos ganharam notoriedade pelo ativismo nas redes sociais, com críticas ao PT e à esquerda, mantido nos últimos anos.

A professora Dayane Pimentel (BA) está entre os que acumularam relevância pela presença na internet. Ela recebeu mais de 136 mil votos e foi a quarta colocada em seu estado. Segundo ela, o fato de o PSL ter uma bancada de “novatos” é algo que se converte em uma vantagem ao partido.

“Isso é muito positivo. Porque a gente entende agora que temos uma bancada realmente do povo. Uma bancada que veio fruto de pessoas comuns que tomam a rédea da política brasileira. Teremos agora um mínimo de políticos profissionais administrando a pauta do PSL, o que é muito positivo. A sociedade brasileira se sente representada por essa bancada”, concluiu.

Senado
O partido conseguiu também se posicionar na outra casa do Congresso Nacional, onde não está representado atualmente. Foram quatro os senadores eleitos pelo PSL: Soraya Thronicke (MS), Selma Arruda (MT), Flávio Bolsonaro (RJ) e Major Olímpio (SP).

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