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Briga de faca no escuro: disputa pela presidência da Câmara está mais embolada
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O deputado federal João Campos (PRB-GO) anunciou na quinta-feira (22) que é candidato à Presidência da Câmara, para a eleição agendada para fevereiro.

A entrada do parlamentar deixa ainda mais congestionada a busca pelo comando da Casa, especialmente no campo conservador e alinhado com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Além de Campos, apresentam-se como membros desse grupo e candidatos Capitão Augusto (PR-SP), deputado que se tornou célebre por circular pela Câmara com a farda de policial militar; Alceu Moreira (MDB-RS), integrante da bancada ruralista, que declarou apoio a Bolsonaro desde o primeiro turno; e Delegado Waldir (PSL-GO), componente da chamada “bancada da bala”.

Waldir já havia se anunciado como candidato após os resultados do primeiro turno, que o apontaram como o mais votado em seu estado e também confirmaram o sucesso eleitoral do PSL, que fez a segunda maior bancada da Câmara. Porém, o fato de ser do partido de Bolsonaro se tornou um problema, em vez de uma virtude – o presidente disse que não considerava uma boa ideia sua legenda ficar também com o comando da Câmara dos Deputados.

Quanto à fala do presidente eleito, Waldir desconversa. “Eu diria o seguinte… ele só falou isso. Depois, você pode ver que ele amadureceu em relação a isso. Ele disse que não tem candidato a presidente, porque ele não está mais no parlamento, então ele já mudou a versão dele. Ele não tem candidato ao parlamento, porque ele é do Executivo”, destacou.

A disputa pelo comando da Câmara pode ainda indicar que o chamado Centrão, mesmo tendo perdido força eleitoral, continua influente nos corredores do poder. O atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem se posicionado como candidato à reeleição e apresenta como ativo o fato de ser um articulador tarimbado, com trânsito do PT ao PSDB. Outro nome do “alto clero” que se lançou é o atual vice-presidente, Fábio Ramalho (MDB-MG).

O emedebista diz que sua principal proposta é democratizar a gestão da Casa. “Quero trabalhar com todos os 513 deputados. Por isso eu estou procurando os 513. A gente tem uma casa de diferenças, e aí todo mundo tem que ter direito, tanto a oposição quanto a situação”, disse.

Além dos que vão efetivamente tentar a vitória, a corrida pela Presidência da Câmara conta tradicionalmente com os “anti-candidatos”, que entram na disputa para defender seus ideais. O próprio Jair Bolsonaro já foi um deles – e no ano passado recebeu apenas quatro votos. Para 2019, é possível que outro representante da direita, o deputado eleito Kim Kataguiri (DEM-SP), concorra.

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