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Fachada do Supremo Tribunal Federal (Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF)
Fachada do Supremo Tribunal Federal (Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF)| Foto:

Com o avanço das investigações Lava Jato, políticos devem usar as eleições de 2018 para garantir o foro privilegiado. Para o professor e cientista político Paulo Kramer e para o presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos (ABCOP), Carlos Manhanelli, a disputa eleitoral será marcada por uma “corrida ao foro”.

“Já se percebe uma diferença grande entre o destino dos políticos que têm foro daqueles que não têm. Os políticos vão tentar manter ou conquistar o foro privilegiado em 2018”, afirma Kramer.

Operação Lava Jato

Com as eleições e a Copa do Mundo, Manhanelli avalia que a Operação Lava Jato não deve se enfraquecer este ano, mas perder a atenção midiática. Para o especialista em marketing político, nomes que aparecerem nas investigações em 2018 podem sofrer desgaste maior que em 2017, já que terão menos tempo para se defender.

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Manhanelli considera que as incertezas levantadas durante a Lava Jato, como a candidatura do ex-presidente Lula, se refletem até mesmo nas pesquisas eleitorais. “Existe apenas uma medição de lembrança, um ‘recall’ de pessoas que já se candidataram. Isso acaba prejudicando o processo eleitoral por sedimentar nomes que estão sempre na mídia.”

Segundo Kramer, mesmo políticos tradicionais, como o senador Aécio Neves (PMDB-MG) — que terminou a disputa à presidência da República de 2014 em segundo lugar — devem enfrentar dificuldades para concorrer. “As eleições vão ser definidas pela indignação ética. O que a gente vê é o aumento ‘não voto’ [votos nulos, brancos e abstenções] e a procura por políticos não tradicionais.”

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