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Depois de apoiar o brasileiro detido na Venezuela sem saber o motivo, líderes voltam atrás porque ele provocou prisão
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A “confissão” de Jonatan Diniz, brasileiro preso na Venezuela entre os dias 27 de dezembro e 6 de janeiro, mudou o rumo da atenção que ele recebeu na internet. Em vídeo divulgado na quarta-feira (10) pelo Facebook, Diniz afirmou ter forçado a sua prisão pelo regime de Nicolás Maduro, para que sua causa, o apoio às crianças do país, se tornasse pública. Com a nova informação, lideranças que haviam postado mensagens pela soltura do brasileiro passaram a criticá-lo.

Entre os que mudaram de opinião está o pré-candidato do Novo à Presidência, João Amoêdo. Ele, que havia escrito nas redes sociais em dezembro que se solidarizava “com o Jonatan e com a sua família neste completo absurdo que está acontecendo na Venezuela”, agora diz que a revelação altera seu “conceito sobre este rapaz”.

“Eu lamento [ter escrito a mensagem]. Acredito nos brasileiros e parto do princípio, até prova em contrário, que todos são honestos. Infelizmente não foi o que ocorreu nesse caso. A informação que tínhamos no momento é de que havia um brasileiro preso pelo regime do ditador Nicolás Maduro e mobilizamos as redes sociais para chamar atenção ao caso”, declarou.

Postura parecida foi a adotada pelo Movimento Brasil Livre (MBL), que capitaneou as ações nas redes sociais pela libertação de Diniz. Em nota divulgada ainda na noite de quarta-feira (10), pouco depois da publicação do vídeo do brasileiro, o MBL pediu desculpas aos seus seguidores pela campanha e chamou Diniz de “exemplo do que há de pior no ser humano”.

Foco na Venezuela
Tanto Amoedo quanto o coordenador do MBL, Kim Kataguiri, alegam que não tinham todas as informações sobre o caso antes de iniciar suas mobilizações. Ambos destacam a expectativa de que o incidente não retire o foco da crise da Venezuela.

“A gente não mudaria a atitude se um novo caso desse perfil aparecesse. Afinal, poderia ser alguém que não estaria na Venezuela para se promover, um inocente que não tivesse a mentalidade de ‘os fins justificam os meios'”, alegou Kataguiri. “Faço um pedido para que não deixemos que a atitude irresponsável deste rapaz diminua a importância da luta pelos direitos humanos na Venezuela”, acrescentou Amoêdo.

No vídeo divulgado nas redes, Jonatan Diniz está em Santa Monica (EUA), onde tem residência e onde estava antes de ir à Venezuela. Ele é gaúcho, mas sua família mora em Balneário Camboriú (SC).

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