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Faltam 2 retratos na Galeria de Ex-Presidentes da Câmara: os que estão presos. Coincidência?
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O Salão Verde da Câmara dos Deputados, principal ponto de circulação dos parlamentares, contém galerias com os retratos de todos os ex-presidentes da Casa. Divididas entre o período imperial e o republicano, as relações trazem as imagens de figuras históricas como Ulysses Guimarães e Ranieri Mazzilli, de personagens da política atual, como o presidente da República, Michel Temer, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), e também do folclórico Severino Cavalcanti, que comandou a Câmara em 2005.

No entanto, o presidente de mandato mais recente a ser retratado na galeria é Marco Maia (PT-RS), que deixou o cargo em 2012. Seus sucessores, Henrique Eduardo Alves (RN) e Eduardo Cunha (RJ), não estão contemplados na relação.

Coincidentemente – ou não – Cunha e Alves foram diretamente atingidos pela operação Lava Jato e, atualmente, estão presos. Alves, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por crimes relacionados à construção da Arena das Dunas, cumpre pena em Natal. Já Cunha está em Curitiba, a sede da Lava Jato – ele foi condenado por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e evasão de divisas.

A Câmara dos Deputados alega que a não-inclusão das imagens de Cunha e Alves tem explicação técnica – a impressora utilizada na produção dos retratos está com defeitos, e a peça com problemas ainda não foi reposta.

Henrique Eduardo Alves foi presidente da Câmara entre 2013 e 2014. O biênio foi o último período de seus 40 anos como deputado federal. Cunha estava em seu quarto mandato e foi um dos principais articuladores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

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