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Fracassos e hiperinflação moldaram a criação do Plano Real; relembre
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Qualquer brasileiro que tenha 40 anos ou mais deve se lembrar da época da hiperinflação que assolava o Brasil, no fim da década de 1980 e início de 1990.

Nos supermercados era possível vivenciar o drama das famílias, afinal, as máquinas de remarcação não paravam e os produtos mudavam de preço várias vezes ao longo do dia.

O presidente José Sarney tentou fazer o tabelamento dos preços em um de seus planos, mas não deu certo. Depois veio o congelamento de salários e nova moeda sendo criada. Também não vingou.

Em 1989, por exemplo, a inflação chegou quase a 2.000% ao ano. Ou seja, seu sucessor, Fernando Collor de Mello, teve as mesmas dificuldades. Quem não se lembra do confisco das poupanças, anunciado pela então ministra Zélia Cardoso de Mello?

A ideia também não foi eficaz e, ao todo, passaram seis planos emergenciais em apenas cinco anos: Cruzado 1 e 2 em 1986; Bresser em 1987; Verão em 1989; Collor 1 em 1990; e Collor 2 em 1991.

Depois do impeachment de Collor, o presidente Itamar Franco assume o poder com a missão de equilibrar o País. Começava aí o Plano Real.

Basicamente dividido em três partes: antes de a moeda entrar em circulação, houve um esforço de ajuste fiscal para organizar o setor público. Na época houve corte de 22 bilhões de dólares no Orçamento. Um Fundo de Emergência foi criado para honrar os programas sociais e também houve aumento de tributos, informou o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso.

A segunda etapa começou em fevereiro de 1994 com a implantação da Unidade Real de Valor, a URV, que foi uma ponte para deixar o cruzeiro e ingressar no real.

Esta, justamente, a última fase do Plano, com a circulação efetiva da nova moeda. O presidente Itamar Franco fez o anúncio da mudança em prol da população brasileira.

O Plano Real, à época, foi desacreditado por setores de oposição, sobretudo pelo PT e Lula, já que 1994 era ano eleitoral.

A inflação de fato foi controlada e, nem de perto, lembra o índice de décadas passadas. Em 2018, segundo o IBGE, a inflação fechou o ano em 3,75%.

No entanto, o Brasil ainda depende de novas mudanças, afinal o tempo passa. O assunto atual é a reforma da Previdência e a necessidade de novo ajuste fiscal no País.

O economista e ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, integrante da equipe que criou o Real, em recente evento do Instituto de Estudos Empresariais, em Porto Alegre, afirmou que os inimigos do desenvolvimento brasileiro, ainda são os mesmos que os enfrentados há 25 anos.

Relembre comerciais antigos que o governo Itamar fez para sensibilizar a população brasileira sobre a importância da nova moeda.

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