Especialistas que discutem a segurança da urna eletrônica querem entender por que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alega que não conseguirá implementar o voto impresso em todo o país a partir do ano que vem.
Na segunda-feira (18), o ministro presidente da Corte, Gilmar Mendes, afirmou que “há limitações técnicas para atendimento do que está na lei” e que, em 2018, somente 30 mil urnas — 5% do total — estarão adaptadas para a votação impressa.
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Em documento encaminhado na quinta-feira (21) ao TSE, o Comitê Multidisciplinar Independente alega que as urnas fabricadas a partir de 2009 têm capacidade para acoplar impressora e questiona o cálculo oficial de R$ 2,5 bilhões para impressão.
Assim, o grupo defende que o Orçamento de 2018 — que prevê R$ 250 milhões para implementação do voto impresso — seria suficiente para habilitar todas as urnas eletrônicas do país.
“Eles têm R$ 250 milhões para comprar 30 mil impressoras, o que dá R$ 8 mil para cada. Eu acho que vai chover empresa querendo participar da licitação”, critica a advogada Maria Aparecida Cortiz, que assina o documento com o professor de Ciência da Computação da Universidade de Brasília Pedro Rezende.
“Por que o TSE alega problemas técnicos? O TSE não sabe fazer eleição? O TSE desconhece a tecnologia do voto impresso? Se for isso, eles precisam passar [essa função] a outro órgão.”
Em nota, o TSE informou que a implementação do voto impresso foi discutida em audiência pública e que, devido ao recesso de fim de ano, “pessoas que respondem por esse assunto não estão no Tribunal”.
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