A Câmara dos Deputados adiou novamente a instalação das comissões permanentes da casa, que cuidam de temas como educação, segurança pública e transportes, entre outros. O processo deve ocorrer apenas na próxima terça-feira (3).
A decisão contraria uma expectativa de instalação mais rápida, que a própria Câmara gerou ao definir que os membros das comissões fossem indicados pelos partidos até segunda-feira (26), para início dos trabalhos na terça (27). A celeridade havia sido cobrada por deputados para compensar a paralisia que deve marcar o segundo semestre, por conta das eleições.
“É uma coisa inusitada, eu diria que até sem precedentes. Isso atrapalha todo o trabalho”, falou, sobre o novo adiamento, o deputado Pompeo de Matos (PDT-RS), que deve ser o próximo presidente da Comissão de Legislação Participativa. Já Nilson Pinto (PSDB-PA), indicado pelo seu partido para comandar a Comissão de Relações Exteriores, contemporizou: “nesses cinco mandatos em que eu estou aqui, raramente eu tenho visto as coisas acelerarem em relação à implantação de comissões. Não está efetivamente fora do prazo, não”.
Continuidade
Apesar de não iniciarem as atividades, as comissões já tiveram suas presidências definidas. Com isso, 2018 verá a continuidade de uma tradição recente da casa, que é a manutenção de determinadas comissões nas mãos de alguns partidos.
É o caso, por exemplo, das comissões de Desenvolvimento Urbano, Direitos Humanos e Meio Ambiente, que continuam com o PT. A de Segurança Pública também prossegue sob a chefia do mesmo partido – no caso, o PR.
A condição também se repete com a comissão mais importante da Casa, a de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O colegiado prosseguirá sob comando do PMDB, partido de maior bancada na Câmara.
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