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Machismo gourmet no centro do debate eleitoral
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Já estamos em tempos eleitorais, com muitas entrevistas de pré-candidatos a vários cargos em rádios, TVs, jornais, sites e revistas.

Some a isso a alta ebulição da polarizada política brasileira.

É com esse cenário que a pré-candidata à presidência da República, Manuela D’Ávila, do PC do B, acrescenta a presença do machismo que atrapalha a evolução de suas ideias.

Manuela postou em suas redes sociais esta semana um vídeo citando 17 perguntas que já foram feitas a ela e que candidatos homens nunca responderam.

Para mostrar esse viés, Manuela trocou o gênero das perguntas para provocar a discussão.

Manuela diz que esse tipo de questionamento é estimulado por uma cultura machista que ainda está enraizada no Brasil.

Um dos mais recentes episódios que envolveram a deputada gaúcha e ganhou a repercussão da mídia foi em sua entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

Levantamento do jornal Folha de S. Paulo aponta que ela foi interrompida ao menos 40 vezes enquanto tentava formular suas respostas.

Leia mais: Interrupções a Manuela no Roda Viva – ao menos 40 – geram debate sobre machismo

No mesmo programa, pré-candidatos Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (Psol), por sua vez, foram interrompidos oito e nove vezes, respectivamente.

Daí, o questionamento: foram interrupções típicas de um acalorado debate, ou interrupções provocadas pelo machismo, que já até tem termo próprio em inglês, o manterrupting?

Isso porque, outra mulher pré-candidata, Marina Silva, da Rede, fora interrompida no Roda Viva apenas três vezes.

E como esquecer também outras tantas entrevistas por lá onde convidados como o arcebispo metropolitano de São Paulo Dom Odilo Scherer, o ex-deputado Enéas Carneiro, e o médico Ronaldo Laranjeira foram sumariamente bombardeados…

Para esta campanha, com debates e sabatinas pela frente, o que veremos por aí?

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