Marina Silva anuncia que vai para a oposição em 2019, com Haddad ou Bolsonaro na presidência

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A candidata Marina Silva (Rede) afirmou que ela e seu partido ainda não definiram apoio no segundo turno da disputa presidencial, que reunirá Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL). A ex-senadora, que terminou a disputa pelo Planalto na oitava colocação, disse também que estará na oposição a partir de 2019, seja qual for o vitorioso no segundo turno.

“Estaremos na oposição porque é a única forma de quebrar o círculo vicioso que levou o Brasil a essa situação. Não temos nenhuma identificação com qualquer projeto autoritário. Mas é preciso que se reconheça que a democracia é prejudicada tanto pelas ideias autoritárias quanto pela corrupção que distorce a vontade soberana dos eleitores”, declarou.

Marina falou com os jornalistas em Brasília, na noite do domingo (7), no comitê da Rede. O candidato a vice na sua chapa, Eduardo Jorge (PV), também conversou com a imprensa. Ele adotou posicionamento semelhante ao de Marina: disse que o PV fará oposição ao novo governo e que não definiu apoio no segundo turno.

Enfraquecimento
A candidata da Rede viu sua votação desidratar ao longo das últimas semanas. Ela chegou a figurar entre os primeiros colocados na maior parte da disputa mas acabou atrás de nomes que não carregaram favoritismo, como Henrique Meirelles (MDB), João Amoedo (Novo) e Cabo Daciolo (Patriota).

Para a candidata, a mentalidade do “voto útil” afetou os planos da Rede. “As candidaturas que estão fora da polarização sofreram com a pregação do voto útil”, disse. Marina lembrou de sua campanha em 2014, quando perdeu na reta final uma vaga no segundo turno que parecia assegurada, mas disse que a escolha dos eleitores pelas outras candidaturas deve ser respeitada.

Marina e Eduardo Jorge destacaram também a aproximação entre Rede e PV. Para ambos, o desempenho positivo da chapa no início da corrida eleitoral aponta que a população tem interesse na agenda ambiental apresentada pelas legendas.