Depois de lançar sua pré-candidatura ao Planalto, o coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, oficializou sua filiação ao PSOL na segunda-feira (5) e rechaçou que esteja apenas “marcando posição” na disputa presidencial. “A nossa expectativa é entrar nessa eleição para fazer uma disputa real e estar no segundo turno levando o nosso projeto ao povo brasileiro”, afirmou.
Em dobradinha com a coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sônia Guajajara, Boulos disse que seu projeto político sai em combate às Reformas Trabalhista e da Previdência e está “fincado no barro das periferias, das ocupações e das aldeias indígenas”.
Pré-candidato mais jovem na corrida ao Planalto, Boulos enfatizou que, apesar de ter 35 anos de idade, sua trajetória política começou há 15 anos, quando passou a lutar “ao lado de pessoas excluídas da economia, do poder e da política” e afirmou que, agora, está preparado para estabelecer um projeto de longo prazo para a esquerda.
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“O partido tem se conectado às lutas sociais contra a retirada de direitos, na perspectiva de formar um novo campo político e social de esquerda e construir uma alternativa”, declarou. “O MTST e o PSOL tiveram posturas muito comuns nesses últimos períodos, o que nos permitiu criticar as políticas do governo [da ex-presidente] Dilma Rousseff, mas, ao mesmo tempo, entender que existiu um golpe.”
Questionado sobre como financiaria sua campanha, o líder do MTST disse que buscará recursos em financiamentos coletivos na Internet e que prefere “fazer campanha pelo país de chinelo rasgado, a ficar de rabo preso com grandes empresas, como já aconteceu com outros no passado”.
Apesar de ser o nome mais forte do partido, Boulos compete pela candidatura à presidência com outros três pré-candidatos da legenda. A disputa será definida no sábado (10), durante a conferência eleitoral do PSOL. Segundo o presidente nacional da sigla, Juliano Medeiros, o partido pretende dobrar a bancada de deputados na Câmara e emplacar novos nomes no Senado Federal.
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