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Nós conversamos com o príncipe cotado para vice de Bolsonaro
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Mais um nome está rondando a cabeça de Jair Bolsonaro, pré-candidato à Presidência da república para compor chapa como vice-presidente.

Como já falamos aqui em A Protagonista, a lista já passou por generais do exército, policial militar, advogada e até astronauta.

Dessa vez, alguém com linhagem imperial está sendo cotado nas redes sociais e até nos bastidores do partido, o PSL.

Trata-se de Luiz Philippe de Orleans e Bragança, de 49 anos, filho de Dom Eudes de Orleans e Bragança e sobrinho do príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, chefe da Casa Imperial do Brasil e descendente direto do imperador Dom Pedro II.

Conversei com Luiz Philippe, que está em viagem fora do Brasil, e ele conta que não há nada formalizado sobre seu nome como vice, até porque os planos iniciais eram que saísse candidato a deputado federal.

“Não houve nenhum contato. Isso foi uma iniciativa da própria rede social, depois que houve aquela situação com a Janaína.”

O que facilitaria as coisas para Bolsonaro é o fato de Luiz Philippe ser filiado ao PSL.

No começo do ano ele saiu do partido Novo, insatisfeito com o rumo que a legenda tomava.

Atualmente, além da pré-candidatura a deputado federal, Luiz Philippe está escrevendo, juntamente com um grupo de juristas, uma proposta para uma nova Constituição.

No entanto, quando questionado sobre sua disponibilidade, disse estar pronto para colaborar com o Brasil, se o partido assim decidir, mesmo não sendo tão próximo de Bolsonaro.

Segundo ele, foram poucos os encontros presenciais, mas todos versaram sobre suas ideias para o País e seu livro, lançado ano passado, “Por que o Brasil é um país atrasado?”.

“Eu acho que a situação é crítica e temos que resolver essa questão de eleição. Essa realidade, com a criação do Centrão, para se proteger, temos que resolver isso logo. Podendo ajudar, estou disponível, mas se achar que atrapalho, não tenho ego de entender perfeitamente as questões”, explica.

O descendente de Dom Pedro é administrador de empresas e mestre em Ciências Políticas pela Universidade de Stanford (EUA), passou pelo mercado financeiro, foi executivo da Time Warner, uma das gigantes mundiais de mídia, e empresário do setor de autopeças.

Descendente do ramo de Vassouras da Família Real, diferentemente de seu primo, Dom João Henrique de Orleans e Bragança, de Petrópolis, Luiz Philippe está fora da linha sucessória do trono, que foi abolido em 1889, já que seu pai renunciou aos direitos em 1966.

Em 2014 criou o Movimento Liberal Acorda Brasil e passou a atuar como ativista, tendo militado pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Ele também propõe reformas no sistema eleitoral para o voto distrital e a autonomia dos entes federativos e estados.

Ao se definir como um conservador nos costumes, um liberal no campo econômico e um monarquista, entende o regime como uma organização de estado e não como um modelo de governo.

O exemplo citado por ele está em não precisar ter um rei necessariamente, mas um conselho de Estado associado a esse Poder Moderador.

Em resumo: seja como deputado ou vice-presidente, Luiz Philippe deverá levar consigo, em um eventual mandato, a bandeira da reforma do Estado, passando pela redução do poder da Presidência da República e do Executivo.

Relembre entrevista de Luiz Philippe de Orleans e Bragança em ‘A Protagonista’ no vídeo abaixo:

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