PDT aposta em coligações e em herança de Lula para impulsionar candidatura de Ciro

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O deputado Jair Bolsonaro (PSL) é o maior beneficiado pelos números divulgados nesta terça-feira (5) pelo Instituto Poder360, que apontam a liderança do parlamentar na corrida presidencial. Mas Ciro Gomes (PDT) não tem do que reclamar. Com números que variam entre os 11 e os 12 pontos percentuais, o ex-governador do Ceará se consolidou na segunda posição, deixando para trás nomes como a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Ciro chega a superar Bolsonaro em três cenários: nos eleitores entre 45 a 59 anos (vence por 17 a 12), na região Nordeste (19 a 16) e no eleitorado que ganha mais de 10 salários mínimos (14 a 13).

Líder do PDT na Câmara, o deputado André Figueiredo (CE) disse que a segunda posição de Ciro “já era esperada” pelo partido. O parlamentar afirmou também que o PDT trabalha para que a candidatura de Ciro Gomes “tenha crescimento consistente, para que não vire uma bolha, que possa estourar”.

Figueiredo disse que, entre as estratégias do partido para alcançar o “crescimento consistente”, está a aposta nas coligações. O parlamentar citou nominalmente PSB e PCdoB como possíveis aliados. Os socialistas trabalhavam com a possibilidade de lançar Joaquim Barbosa, e com o recuo do ex-ministro ficaram sem cabeça de chapa e se tornaram o parceiro mais cobiçado da eleição.

O deputado falou ainda que espera ver Ciro Gomes herdando “de forma natural” os votos que, hoje, estão endereçados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – cuja candidatura soa cada vez mais improvável. “Grande parte do eleitorado do Lula pode migrar para o Ciro, até porque a candidatura Ciro vai ser mais competitiva, mesmo o PT lançando um nome”, acrescentou.