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Petistas, Bolsonaristas e Alckmistas evitam mostrar desânimo pós-Datafolha; Marineiros comemoram
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A primeira pesquisa do Datafolha sobre as eleições presidenciais após a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostra que, mesmo com a reclusão, o petista segue em primeiro lugar nas intenções de voto. O levantamento indica também que o deputado Jair Bolsonaro (PSL) se consolidou na segunda posição, com Marina Silva (Rede) no terceiro posto.

Os números revelam, porém, que a transferência de votos de Lula a um eventual outro nome indicado por ele não se apresenta como uma alternativa viável. O ex-prefeito Fernando Haddad (SP) e o ex-governador Jaques Wagner (BA), testados na pesquisa como alternativas do PT a Lula, têm desempenho fraco. Também vão mal Manuela D’Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidatos da esquerda que mostraram muita proximidade com Lula nos momentos que antecederam a prisão do ex-presidente.

A pesquisa indica ainda que os nomes ligados ao governo terão dificuldades na campanha. O presidente Michel Temer e o ex-ministro Henrique Meirelles, ambos do PMDB, têm desempenho que ficam entre 0 e 2%. Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), não supera 1%.

O Dafafolha verificou também o bom desempenho de Joaquim Barbosa, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal que se filiou recentemente ao PSB. Ele fica com um algo em torno de 8 a 10%, patamar que o deixa ligeiramente à frente de Ciro Gomes, do PDT.

Repercussões
“Os números são muito sólidos para mostrar a vontade da maioria do povo brasileiro para que o Lula volte a presidir o país”, disse o deputado Henrique Fontana (PT-RS), que apontou ainda que o partido não estuda apresentar outro nome para a disputa.

Do lado dos apoiadores de Jair Bolsonaro, a ideia é não se pautar pelos números: “a pesquisa não muda absolutamente nada a mobilização da pré-campanha do Bolsonaro ou do PSL, ou daquelas pessoas que estão no propósito de modificar o Brasil”, afirmou o deputado Major Olímpio (PSL-SP).

Já o deputado federal Miro Teixeira (Rede-RJ) declarou que os números mostram o prestígio pessoal da ex-senadora Marina Silva. “A Marina tem essa expressão pessoal que a credencia para a disputa presidencial. E esses números representam exclusivamente essa expressão. Representam exclusivamente o trabalho dela. Não entra aí o esforço da Rede, o trabalho da militância”, afirmou.

Tucanos em baixa
O nome do PSDB para a disputa, Geraldo Alckmin, não tem empolgado o eleitorado. Ele fica com 6 a 8% das intenções de voto e não lidera nem em São Paulo, estado que governava até o início do mês. O discurso dos tucanos é que a campanha ainda está no início.

“É um momento inicial. A campanha começa a ser construída agora. Não foram postas ainda oportunidades de debates, de discussão, de conhecimento de verdade desses quadros que estão sendo apresentados, de representarem e defenderem o Brasil”, disse a deputada Shéridan (PSDB-RR).

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