O PMDB realiza hoje sua convenção nacional. São quatro as pautas do encontro: a mudança de nome do partido, que deve voltar a se chamar MDB; lançamento de um programa de compliance; discussão sobre o novo programa partidário; adequação do estatuto do partido à nova legislação eleitoral.
Enquanto os dois primeiros temas são consensuais dentro da legenda, os outros têm gerado bastantes disputas internas. Principalmente por conta da definição de como o PMDB (ou MDB) vai distribuir, entre seus filiados, os recursos do fundo que irá custear as campanhas eleitorais no ano que vem. Membros de alguns diretórios estaduais são contrários à proposta de se deixar a definição para a Executiva Nacional do partido.
O deputado federal Lelo Coimbra (PMDB-ES) contemporiza o racha no partido, e acredita que a instalação das discussões a cerca de um ano da eleição é positiva. “É bom que a conversa se estabeleça com antecedência para que a gente possa adaptar o partido para 2018”, disse.
A convenção acontecerá um dia após a Folha de S. Paulo publicar entrevista com o presidente nacional da legenda, o senador Romero Jucá (RR), que disse crer na possibilidade de um candidato governista nas eleições presidenciais do ano que vem – e mencionou como possíveis representantes do PMDB o atual presidente, Michel Temer, e o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung.
Vice-líder do governo na Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS) disse não crer que a convenção simbolize os primeiros passos de lançamento de uma candidatura própria. No entanto, o deputado afirmou que acredita nas possibilidades do partido para o próximo ano: “as perspectivas do PMDB são excelentes. Com o partido, a economia está melhor. A inflação foi para 3% e os juros, para 7%”, apontou.
Apesar do otimismo do deputado, 2017 foi um ano delicado para o PMDB. O partido viveu uma série de turbulências, como a prisão do ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves, em junho; a denúncia do procurador Rodrigo Janot, que chamou o partido de organização criminosa e deu fama à expressão “quadrilhão do PMDB”, composto por nomes como os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha, além do próprio presidente Temer; a delação da JBS, que quase fez Temer renunciar; todo o desgaste das duas denúncias contra Temer no Congresso; e até mesmo a saída cansativa do deputado Sergio Zveiter, que foi favorável à denúncia contra Temer, e da senadora Katia Abreu, que saiu brigada com diversas lideranças do partido.
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