Presidente do partido de Ciro minimiza confissão de candidato sobre fraude na década de 1980

• 0

A confissão de Ciro Gomes (PDT) resgatada na reportagem “Livro de 1994 revela entrada irregular de Ciro Gomes na política”, de que o candidato teria burlado regras para disputar sua primeira eleição, foi ironizada pelo presidente nacional do partido do presidenciável, o ex-ministro Carlos Lupi.

“Eu não li [a reportagem] e não tomei conhecimento. Mas se a gente começar a ver o que aconteceu na vida da gente, vai ter problema desde o nascimento. Por exemplo, eu nasci de sete meses. O que aconteceu em 1994 está muito distante da realidade do Brasil atual”, apontou Lupi.

Ciro tem brigado com Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) pelo segundo lugar na corrida presidencial – ou terceiro, nos cenários em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é considerado. Para Lupi, o atual momento da campanha é benéfico para o PDT e favorável para que Ciro adote um discurso mais light.

“Ele vai trabalhar muito para passar para a população aquilo que ele é: tranquilidade, um homem sereno, tranquilo, que, em todas as oportunidades que teve na gestão pública, quer seja governador, prefeito, ministro, foi um homem que deu resultados objetivos”, apontou.

Críticas ao PT
Lupi endossou ataques ao PT apresentados por militantes pedetistas ouvidos na reportagem “Pedetistas não poupam críticas ao PT: estratégia ‘suicida’ e Haddad ‘poste'”, veiculada pela Gazeta no domingo (19). Os entrevistados contestam a insistência do PT em manter Lula como candidato ao Palácio do Planalto e chamam o ex-prefeito Fernando Haddad de “poste” do ex-presidente.

“Isso é uma avaliação média da maioria do eleitorado brasileiro, não só do PDT. Nós julgamos que o PT está virando ‘tocador de harpa’. A harpa só se toca para dentro, para cima. Então o PT virou, no código nacional, um tocador de harpa. Só pensa em si, nos seus. E a população começa a perceber isso. O militante do PDT está repetindo o que ele sente da população”, reiterou.