Seria a intervenção no Rio de Janeiro uma água no chopp de Paulo Skaf?
Explico. O empresariado brasileiro amanheceu hoje com mais uma ação de um articulado movimento pró-Reforma da Previdência. Entidades Empresariais e Sindicatos Patronais enviaram a todos seus associados, logo cedo, um email com o seguinte conteúdo:
Clicando no local indicado, quem recebe o email tem acesso rápido a um mailing de 142 deputados indecisos quanto à Reforma da Previdência e pode imediatamente mandar uma mensagem a todos eles pedindo que sejam favoráveis.
Assim que Rodrigo Maia anunciou que a Intervenção Federal no Rio de Janeiro imediatamente suspende a votação de qualquer Proposta de Emenda Constitucional, resolvemos entrar em contato com a FIESP:
Será que Michel Temer havia colocado água no plano tão bem costurado de Paulo Skaf?
Primeiramente, a assessoria informou que o presidente da FIESP estava em trânsito e não poderia atender. Solicitamos um outro representante da entidade para comentar. Fomos informados de que apenas Paulo Skaf fala sobre o tema e que, infelizmente, não pode falar hoje, mas está à disposição.
Prudência e canja de galinha são receita antiga do empresariado brasileiro, acostumado às manobras políticas de quem se vê com água no pescoço em ano eleitoral, por isso surgiu a dúvida: será que a Intervenção no RJ REALMENTE INVIABILIZA a votação de toda e qualquer Proposta de Emenda Constitucional, necessariamente e sem nenhuma sombra de dúvida? Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
Os constitucionalistas ouvidos pelo blog não são tão taxativos quanto Rodrigo Maia, dizem que depende do modelo adotado – esse não foi sequer votado, será na semana que vem e deve ser preliminarmente explicado pela Presidência da República hoje à noite.
Quanto a pautar ou não a Reforma da Previdência, juridicamente, é uma decisão que – por enquanto – cabe única e exclusivamente ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Ele tem todos os motivos do mundo para torcer por um modelo de intervenção que se responsabilize por essa batata quente em ano eleitoral.
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