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PSOL divulga balanço sobre eleições: vitória de Bolsonaro é fraude com “dinheiro ilegal” e “apoio estrangeiro”
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O PSOL divulgou no domingo (11) seu balanço sobre as eleições de 2018 e, no texto, a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa presidencial é chamada de “uma fraude baseada em mentiras disseminadas com dinheiro ilegal, provavelmente com apoio estrangeiro”. O documento também relata que Bolsonaro tem “limitações políticas e intelectuais” e “representa o ódio das elites contra os pobres, contra as maiorias sociais – mulheres e negros – e contra as minorias oprimidas”.

O presidente do partido, Juliano Medeiros, disse ao blog A Protagonista que as críticas à vitória do candidato do PSL são pautadas na denúncia de que sua campanha teria sido beneficiada por uma rede de disparo de mensagens via Whatsapp. O caso, revelado pela Folha de S. Paulo entre o primeiro e o segundo turno das eleições, foi bastante explorado pelos adversários do presidente eleito.

Em relação ao “apoio estrangeiro”, Medeiros diz que “a tecnologia que foi empregada para o volume de informações que foi disseminada, a escala da operação montada, para a disseminação das mensagens, tem paralelo com operações de fora do Brasil”. Ele comparou o que houve no Brasil com uma rede que teria sido implantada durante as eleições presidenciais dos EUA em 2016, vencidas por Donald Trump.

O PSOL não chega a contestar a legitimidade da vitória de Bolsonaro – “certamente ele recebeu a maioria dos votos. Portanto, até que o TSE julgue, é uma vitória legítima. Agora, o TSE tem que julgar se houve ilegalidades”, disse Medeiros. Mas o partido espera que haja investigações sobre as suspeitas que acredita pairarem sobre a campanha do PSL. Nesse aspecto, Medeiros vê similaridades entre a contestação atual promovida pelo seu partido com a apresentada pelo PSDB em 2014, que viu abuso de poder econômico na chapa Dilma Rousseff-Michel Temer.

Nova oposição?
Apesar do forte posicionamento contra Jair Bolsonaro, o PSOL não tem sido chamado para compor uma “nova oposição” em formação no Congresso Nacional, que reúne legendas como PDT, Rede e PSB. Capitaneado por Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Cid Gomes (PDT-CE), entre outros líderes, o grupo almeja a formação de uma oposição que exclua de forma deliberada o PT – criticado por, segundo os dirigentes dos partidos, não saber se posicionar como coadjuvante ou parceiro dentro de um grupo político.

O PSOL, embora tenha nascido como uma dissidência do PT, aproximou-se bastante do partido nos últimos tempos. A legenda esteve na linha de frente do combate ao impeachment de Dilma Rousseff, considera que a prisão de Lula é incorreta e participou, de modo incisivo, da campanha de Fernando Haddad no segundo turno das eleições. Tal postura pode ter inibido o convite por parte das outras legendas.

Medeiros disse respeitar a constituição de blocos oposicionistas que não considerem PSOL e PT, mas afirmou considerar necessária a união das forças de esquerda.

“Eles [partidos] têm o direito de fazer o bloco que bem entenderem. Com PT ou sem PT. A questão é que eles não podem decidir quem vai ser oposição ao Bolsonaro ou não. O PT será oposição ao Bolsonaro, como o PSOL será oposição ao Bolsonaro. Independente desses blocos que vão se formar, vai ter que ter diálogo entre esses partidos de oposição. Porque sem isso, quem vai pagar o preço vai ser o povo brasileiro, que vai ter que engolir as medidas antipopulares que o Bolsonaro vai promover”, disse.

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