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Parte de Singapura, modelo de cidade do futuro. Foto: Freepik.com
Parte de Singapura, modelo de cidade do futuro. Foto: Freepik.com| Foto:

O desafio para o Brasil do futuro é como desenvolver e fortalecer suas cidades. Um dos caminhos é pelo reforço das instituições que garantam a sustentação da democracia, segundo políticos e juristas.

As pessoas vivem, trabalham e mantêm suas relações cotidianas em cidades ao redor do mundo.

Somente aqui no Brasil, segundo o IBGE, são 5570 municípios. Desde a mais populosa cidade da nação, São Paulo, com mais de 12 milhões de habitantes, até a pequena Serra da Saudade, no interior de Minas Gerais, com cerca de 800 moradores.

Mesmo com portes tão diferentes, os problemas de São Paulo, de Serra da Saudade, e de qualquer outra cidade, caminham na mesma linha: educação, saúde e desenvolvimento, por exemplo.

Silvia Melo, coordenadora-geral do Conexidades, evento nacional sobre parcerias público-privadas, garante que as cidades têm que estar conectadas nesse sentido para sair da crise. E as pautas das reformas são essenciais.

"Não só a reforma da Previdência, mas a política é muito importante. Temos 37 partidos, é muita coisa", diz.

Para esses especialistas, só é possível ter um projeto de nação quando se planeja ações municipais.

A Justiça também tem que andar ao lado dos municípios. José Carlos Cosenzo, procurador de Justiça do Ministério Público paulista, diz que a função do MP é resolver os problemas de interesse social, justamente onde o Estado não cumpre seu papel.

No entanto, o promotor aponta que isso vem trazendo enfrentamento entre Justiça e o poder público, o que não é frutífero para a sociedade.

"Gera animosidade entre poderes que devem ser harmônicos e independentes entre si. Nossa proposta é buscar diálogo e resolver problemas de forma extrajudicial para não abarrotar o sistema e prestar o interesse para quem precisa, que é a sociedade. O maior desafio hoje está em ações nas áreas de educação, saúde, moradia e segurança", diz.

O subprocurador-geral da República, Augusto Aras, aponta para a falta de diálogo institucional entre os entes públicos, o que cria falha de fiscalização e controle. Por isso, garante que cada cidadão tem que ser agente de cidadania.

"Nós precisamos, em uma sociedade que temos graves problemas financeiros para todos os entes da federação, buscar soluções econômicas. O Ministério Público precisa participar com suas atividades destravando a economia. E olhar para o município, pois é nele que nasce as primeiras noções de cidadania", conclui.

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