Pedro Parente pediu demissão da Petrobras nesta sexta-feira (1) após ter sido pressionado por conta da greve dos caminhoneiros, motivada pelas elevações consecutivas nos preços dos combustíveis.
A política de preços adotada pelo agora ex-presidente levou a Petrobras a melhorar de maneira significativa seus números no mercado financeiro, mas também gerou altas nos preços da gasolina e do diesel que impactaram a vida dos brasileiros.
“A queda de Parente foi só o começo. Agora, nós temos que atacar essa política de preços”, disse o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS). O parlamentar, que definiu a saída do ex-presidente como “uma derrota importante do golpe”, defende que a Petrobras seja comandada por um nome “nacionalista, de caráter progressista”.
Já o economista Roberto Indech, da Rico Investimentos, alega que os preços mais baixos pagos pelos governos anteriores eram subsidiados pelo dinheiro público – ou seja, era uma conta paga por todos. “Parente trouxe a credibilidade de volta para a Petrobras. Em termos de perspectiva, fica complicado a gente falar, cravar qualquer questão. Quem vai entrar no lugar? Se é alguém com perfil um pouco mais técnico, ou perfil mais político? E dada essa possível mudança na política de preços, quem do perfil técnico aceitaria esse tipo de sugestão?”, questionou.
No ambiente político, a saída de Parente gerou reações esperadas, com celebrações dos opositores do governo Temer e críticas por parte de líderes centristas e liberais. “A demissão é uma ponte para o passado”, escreveu em seu perfil no Twitter a economista Elena Landau, do movimento Livres. Já o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) ironizou Parente, ao dizer que ele deveria voltar da Petrobras para casa a pé, “para sentir os problemas da população”.
No começo do dia, a queda de Parente levou as ações da Petrobras a caírem 15%. Em contrapartida, os papéis da BRF, gigante do setor de alimentação, registraram expressiva alta – a empresa é apontada como um provável destino do executivo.
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