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Racha na direita? Deputado do PR-SP quer comandar a Câmara e diz “estar fechando” com o PSL
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“Um capitão na Presidência da República, outro capitão na Presidência da Câmara”. Com esse slogan, o deputado federal Capitão Augusto (PR-SP) tem anunciado sua candidatura para comandar a Câmara dos Deputados no ano que vem. Ele é um dos principais defensores de Jair Bolsonaro (PSL) no Congresso e membro da “bancada da bala”. “Eu acredito que ele [Bolsonaro] vá ser eleito presidente. E vai precisar de alguém alinhado aos valores, aos objetivos, alinhado a ele aqui na Câmara”, declarou.

Augusto diz estar negociando com o PSL apoio para a eleição interna. O partido de Bolsonaro elegeu a segunda maior bancada de deputados federais, com 52 nomes. Destes, 49 estrearão na Câmara. Augusto citou conversas sobre o tema com o filho do presidenciável, Eduardo Bolsonaro, e com Major Olímpio, que foi eleito senador no último domingo (7). “Estou fechando com o Major Olímpio, com o Eduardo Bolsonaro, com o Bolsonaro, para que o PSL feche comigo”, disse.

O partido, entretanto, tem um nome próprio que pleiteia o cargo, Delegado Waldir (GO). “Não conversei com ele a respeito, mas todo deputado é livre para apresentar sua candidatura, se quiser”, afirmou Augusto.

Outro representante da direita que busca a Presidência da Câmara é Kim Kataguiri (DEM). O ativista do Movimento Brasil Livre foi eleito deputado federal por São Paulo e disse que não precisa de autorização do seu partido para se candidatar. O DEM é a sigla do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ).

Apoios e propostas
Capitão Augusto apresenta outras duas credenciais para pleitear a Presidência da Câmara: apoios que teria da bancada evangélica e dos parlamentares de São Paulo. “Já me comprometi com os evangélicos que, se eu for o presidente, não colocarei na pauta temas que sejam contra a família”, disse. Quanto aos paulistas, o deputado cita que, apesar de São Paulo ter a maior bancada, nenhum representante do estado comanda a Câmara desde 2010 – o último a exercer o cargo foi o atual presidente da República, Michel Temer.

Além da “defesa da família”, Augusto promete intensificar pautas da segurança pública caso seja eleito. O deputado também pretende modificar o regimento interno da Câmara que, segundo ele, foi feito “quando a Câmara tinha uns oito partidos, não os 30 de hoje em dia”. “O regimento atual dá muita margem para os blocos das minorias, que ficam atrapalhado os trabalhos”, disse.

Deputado federal em primeiro mandato, Augusto ganhou notoriedade por trabalhar com a farda de policial militar e pela defesa do regime militar brasileiro. Ele é o idealizador do Partido Militar Brasileiro – que, se for efetivado, terá como número de urna o 64, referência ao ano do que Augusto chama de “revolução democrática”. Em abril, Augusto pediu para que seu nome parlamentar fosse alterado para “Capitão Augusto Bolsonaro”, numa resposta aos petistas que queriam ter “Lula” acrescido em seus nomes. O deputado foi reeleito com mais de 242 mil votos, número muito superior aos cerca de 46 mil que obteve em 2014.

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