O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), visitou nesta terça-feira (30) o atual administrador do estado, Luiz Fernando Pezão (MDB). O encontro, rápido e informal, confirmou que a transição entre as duas gestões se inicia na quarta-feira (31). O núcleo de transição será coordenado pelo empresário José Luiz Cardoso Zamith e terá, por parte do atual governo, a participação dos secretários de Casa Civil e Desenvolvimento Econômico, Sergio Pimentel, da Fazenda e Planejamento, Luiz Claudio Gomes, e do Governo, Affonso Monnerat.
A situação no Rio contrasta com a de São Paulo, em que as equipes do atual gestor, Márcio França (PSB), e do futuro governador João Doria (PSDB) ainda não definiram as bases para a transição, o que deve ser feito apenas a partir da semana que vem.
Tanto São Paulo quanto o Rio de Janeiro estão, há tempos, sem uma troca de gestão entre dois grupos antagônicos, como as que acontecerão agora.
No Rio, as três eleições para o governo anteriores à de 2018 foram vencidas pelo grupo de Pezão e do ex-governador Sérgio Cabral Filho (MDB). Quando Cabral foi eleito pela primeira vez, em 2006, sucedeu Rosinha Garotinho – e apesar de a ex-governadora também estar no MDB à época, a transição entre as duas gestões não foram harmônicas. Os dois lados trocaram acusações de sabotagem e sonegação de informações. A tensão levou Rosinha a não comparecer à diplomação de Cabral.
Já em São Paulo, a última alternância entre dois grupos completamente distintos se deu em 1994, ano em que Mário Covas (PSDB) foi eleito para suceder Luiz Antonio Fleury Filho (PMDB). E a transição foi também delicada. Poucos dias antes do término da gestão de Fleury, o governo federal – comandado à época por Itamar Franco – executou intervenção no Banespa, o banco estadual. Fleury acusou Itamar, Covas e Fernando Henrique Cardoso, que assumiria a Presidência da República no início de 1995, de maquiar dados do banco para justificar a intervenção.
-
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
-
“A ditadura está escancarada”: nossos colunistas comentam relatório americano sobre TSE e Moraes
-
Jim Jordan: quem é campeão de luta livre que chamou Moraes para a briga
-
Aos poucos, imprensa alinhada ao regime percebe a fria em que se meteu; assista ao Em Alta
Ampliação de energia é o maior atrativo da privatização da Emae, avalia governo Tarcísio
Ex-desembargador afirma que Brasil pode “se transformar num narcoestado”
Contra “sentença” de precariedade, estados do Sul buscam protagonismo em negociação sobre ferrovia
Câmara de São Paulo aprova privatização da Sabesp com apoio da base aliada de Nunes
Deixe sua opinião