A prisão de 10 deputados estaduais parece não ter afetado o cotidiano da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Ao longo da tarde desta quinta-feira (8), os parlamentares continuaram com a agenda habitual da instituição – e discutiram temas como a criação o Dia de Orgulho dos Travestis e Transexuais do Rio de Janeiro, a proibição da venda de garrafas de vidro em casas noturnas e a inclusão de inspetores de alunos na folha salarial de escolas, entre outros temas.
“Temos que seguir como se fosse um dia normal. Há 10 deputados fora, mas tem 60 que podem comparecer, dar quórum e votar. O trabalho tem que ser feito. A Polícia Federal e o Ministério Público fazem o trabalho deles, e nós, o nosso”, disse o deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB).
O dia em homenagem aos travestis e transexuais chegou a motivar um bate-boca entre a autora da proposta, Enfermeira Rejane (PCdoB), e o deputado Fábio Silva (DEM), opositor da iniciativa. Silva apresentou uma emenda para que a descrição da data contemplasse também os heterossexuais, o que foi contestado por Rejane. Ambos acusaram um ao outro de interrupção em meio às falas.
A rotina foi quebrada apenas quando o deputado Flávio Serafini (PSOL) discursou e lembrou as prisões. Ele disse que “a casa precisa se posicionar” e criticou o fato de que os três deputados que estão presos desde o ano passado – Jorge Picciani, Paulo Mello e Edson Albertassi, todos do MDB – não tiveram seus mandatos cassados. Serafini também lembrou que um dos presos é André Corrêa (DEM), que havia se lançado como candidato à presidência da Alerj com o apoio, ainda informal, do PSL, que terá a maior bancada a partir de 2019.
Prisões
Picciani, Mello e Albertassi tiveram nova prisão decretada nesta quinta-feira (8). Além deles e de Corrêa, foram presos Marcos Abrahão (Avante), Neskau (PTB), Luiz Martins (PDT), Chiquinho da Mangueira (PSC), Coronel Jairo (Solidariedade) e Marcelo Simão (PP) – estes sete, pela primeira vez.
As prisões ocorreram no âmbito da operação Furna da Onça. Os deputados são acusados de terem recebido propinas para integrar a base do governo de Sérgio Cabral Filho (MDB), entre 2007 e 2014.
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