Depois de deixar para o ano que vem as discussões sobre a votação impressa nas eleições de 2018, o ministro Gilmar Mendes afirmou nesta segunda-feira (18) que implementar o voto impresso em apenas uma parte das urnas é a “única solução possível”.
“Nem se cortássemos todos os auxílios-moradia que se dão no Brasil nós conseguiríamos colocar isto [a votação impressa] em funcionamento. Nós não temos nem recursos, nem condições de fazer.”
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, a implementação do voto impresso custaria ao menos R$ 2,5 bilhões e só seria concluída em 10 anos. Sem orçamento, a Corte abriu licitação para a compra de 30 mil novas urnas — 5% das 600 mil usadas no sistema atual.
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Para o engenheiro especialista em segurança de dados, Amilcar Brunazo Filho, que milita desde 1998 a favor de maior transparência nas eleições e coordena o movimento Fórum do Voto Seguro, há má vontade do TSE em cumprir a lei.
“A lei [que estabelece o voto impresso] foi aprovada em 2015 e até agora o TSE não fez nada. A Corte poderia ter testado as impressoras nas eleições de 2016, mas preferiu não fazer isso. Agora os ministros estão dizendo que não dá tempo e que não tem verba”, critica.
“A urna é como um computador qualquer. A única garantia que o eleitor tem de que seu voto foi gravado corretamente é o papel. A ideia é simples: poder auditar a votação, conferindo se os votos impressos correspondem ao registro eletrônico”, explica.
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