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Caixa preta do BNDES, Gustavo Montezano
Com a promessa de abrir a caixa preta do BNDES, Gustavo Montezano toma posse em cerimônia no Palácio do Planalto.| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Nesta terça-feira (16) aconteceu a posse do novo presidente do BNDES, o jovem Gustavo Montezano. No discurso, ele disse que em dois meses vai explicar esse processo todo chamado de caixa preta do BNDES.

Montezano vai mostrar quem autoriza, como foi feito e como o dinheiro brasileiro de um banco nacional para desenvolvimento do país ajudou países como Angola, Moçambique e as ditaduras de Cuba, Venezuela e Nicarágua. Ele quer explicar a influência política na decisão sobre dar empréstimos para outros países e até mesmo a influência das empreiteiras e do partido que estava no governo.

Eu perguntei ao presidente Bolsonaro no almoço que tivemos ontem (16) se agora a abertura da caixa preta do BNDES é para valer, porque Joaquim Levy não cumpriu e caiu fora. Bolsonaro disse que é para valer, que essa é uma das ordens dele para o novo presidente do BNDES.

Além da caixa preta do BNDES...

Nesse almoço falamos muito sobre ocupação territorial brasileira. O presidente contou os encontros que ele teve com Macron e com a senhora Merkel no G20, no Japão.

Estava ao nosso lado o secretário de assuntos fundiários do Ministério da Agricultura. E a gente viu que na verdade o Brasil preserva dois terços do seu território. Isso equivale a toda União Europeia.

Boa parte dessa preservação é por parte dos agricultores, que preservam metade das terras, que valeriam R$ 3 trilhões. Eles protegem essas terras com o gasto de R$ 20 bilhões por ano. Não é pouco.

Existem parques, proteção ambiental, terras indígenas e quilombolas, e as terras destinadas à reforma agrária. A agricultura sustentou o caos da Dilma e a nossa balança comercial com apenas 20% de pastagens e 8% de lavoura - 30% do território. O resto são áreas de preservação.

Fernando de Noronha

Nós falamos também, já que lá estava o presidente da Embratur - nesse mesmo almoço -, sobre o preço caríssimo do ingresso de Fernando de Noronha e os empecilhos ambientais para haver turismo, por exemplo, em Angra e em muitos outros locais em que nós poderíamos estar faturando e ganhando dinheiro atraindo estrangeiros.

É certo que a gente não atrai mais estrangeiros porque eles têm medo. O Brasil é um país inseguro, principalmente para os brasileiros, e desorganizado no seu meio urbano. Nós temos pouca informação para o turista, uma certa feiura, um certo lixo que a gente vê na administração da cidades de um modo geral – além dos preços caríssimos dos hotéis. Isso espanta os turistas.

Encontro do Mercosul

O Brasil vai assumir a presidência do Mercosul hoje (17) na Argentina, na cidade de Santa Fé. Isso significa que o presidente do Brasil vira presidente do Mercosul.

Vão ser assinados mais acordos. Entre esses acordos têm um que diz que os moradores dos países do tratado, quando estiverem em outro país do Mercosul (seja como turista, empresário ou estudante) não vai pagar o extra da ligação no telefone celular. É uma vantagem.

Sobre a embaixada nos EUA

Eu acho que Eduardo Bolsonaro faria muito bem aproveitando as redes sociais para fazer uma espécie de referendo entre os seus eleitores com uma enquete dizendo: “Você que me elegeu: autoriza a renunciar ao mandato que você me deu para me submeter ao Senado na busca da embaixada nos Estados Unidos?”.

Eu acho que tem que se criar esse vínculo entre o mandante, que é o eleitor, e o mandatário. Aqui no Brasil é costume: o sujeito é eleito para representar o seu eleitor e larga tudo para ser ministro ou para ser secretário do governador.

Agora, para ser embaixador tem que renunciar o mandato. Deveria ter que renunciar o mandato também para ser ministro ou secretário. Mas tem que primeiro pedir licença para os seus mandantes - os eleitores.

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